terça-feira, janeiro 31, 2006

E depois da vitória?



"Venceu o candidato mais misterioso. De mais difícil qualificação. Mais previsível, na vitória, mais imprevisível no comportamento. (...) Não se comprometeu, a não ser com princípios gerais e intenções bondosas. Venceu graças à reputação, não às ideias que não exprimiu, nem ao programa, que não tornou claro."

António Barreto in Público - 23.01.2006

"Cavaco ganhou porque a maioria dos eleitores viu nele um tipo de líder diferente dos que hoje responsabilizam pela depressão nacional."

José Manuel Fernandes in Público - 23.01.2006

Frase correcta se Guterres, Santana, Barroso fossem candidatos. Na prática os políticos que se candidataram pela esquerda apelaram à combate à depressão e, a maioria, não governaram o país. No entanto, Cavaco fez-se passar por independente e os portugueses reconheceram nele o que falta ao país: firmeza e competência. É meio caminho andado para a resolução dos problemas que irão aparecer.

De bondosas ideias está o político cheio. Esse é o handicap da esquerda, idealista mas sem ter dado provas que consegue praticar o que professa. Porque quando os problemas surgem tantas vezes não são as ideias pré-concebidas que os resolvem e sim a personalidade. Daí que haja tanta contradição na política de direita e esquerda.

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