terça-feira, julho 24, 2007

Antena 2 e 24 Horas. Casos do caminho para a perdição

Dois casos nos média ilustram o erro que destroi, hoje em dia, a importância de mercado que jornal, rádio e TV têm. Em breve o verbo passa a "tinham".

A Internet deixou de ser uma brincadeira, é agora uma utilidade diária, uma necessidade básica das nossas vidas como a água, electricidade, etc. Desfaz agora os modelos de média vigentes. A adaptação torna-se lenta e as reacções, há boa maneira portuguesa, são de tentar conservar o pouco de lucro que resta, não a de prever o lucro no futuro.

Assim, 24 Horas mudou o lay-out e ambito do jornal após meses de grandes descidas no seu formato "tabloide inglês". É agora uma cópia do Correio da Manhã, o diário que mais vende em Portugal.

A Antena 2 faz, e bem, uma tentativa de ser uma rádio para mais públicos. O problema que abordo reside no programa da manhã. Se anteriormente era um espaço completamente diferente na radiofonia portuguesa das 7h às 10h, segue agora o modelo das outras rádios. Muita informação, rubricas, etc. Uma polémica abordada pelo Provedor do Ouvinte da RDP com a qual concordo. Afirmada por muitos ouvintes, ouvintes que discordam de algumas mudanças de rumo da Antena 2... as quais até aprovo. A Antena 2 não pode ser o que era até há um ano atrás.

Convenhamos, os dois exemplos mostram que ambos os meios recusam o nicho de novidade e apresentam ao consumidor mais do mesmo. Vão para o último bastião onde ainda há bom rendimento: o que compra o Correio da Manhã e JN, ouve a TSF ou Renascença.

Embora Antena 2 não viva de publicidade, tornar o seu programa matinal igual ao geral é prestar um mau serviço à diversidade.

Diversidade e inovação é o que falta em Rádio, Imprensa e TV... e é o que faz da internet e novos meios de comunicação, o futuro. Nos últimos barames da marktest, estes três meios continuam a perder ouvintes, leitores e "ouventes". Ganha a internet alimentando os nichos que querem informação abafada nos grandes meios de comunicação.

O futuro é já ali. Dizem os estudos que em pouco tempo a publicidade média, que agora alimenta sobretudo o meio TV, migrará para a Internet. Esta vai passar a ser o meio a "absorver" mais investimento. Sem investimento, os meios de comunicação que agora trocam a criatividade pelo mediano e banal, vão fechar portas.

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