terça-feira, janeiro 31, 2006

E depois da vitória?



"Venceu o candidato mais misterioso. De mais difícil qualificação. Mais previsível, na vitória, mais imprevisível no comportamento. (...) Não se comprometeu, a não ser com princípios gerais e intenções bondosas. Venceu graças à reputação, não às ideias que não exprimiu, nem ao programa, que não tornou claro."

António Barreto in Público - 23.01.2006

"Cavaco ganhou porque a maioria dos eleitores viu nele um tipo de líder diferente dos que hoje responsabilizam pela depressão nacional."

José Manuel Fernandes in Público - 23.01.2006

Frase correcta se Guterres, Santana, Barroso fossem candidatos. Na prática os políticos que se candidataram pela esquerda apelaram à combate à depressão e, a maioria, não governaram o país. No entanto, Cavaco fez-se passar por independente e os portugueses reconheceram nele o que falta ao país: firmeza e competência. É meio caminho andado para a resolução dos problemas que irão aparecer.

De bondosas ideias está o político cheio. Esse é o handicap da esquerda, idealista mas sem ter dado provas que consegue praticar o que professa. Porque quando os problemas surgem tantas vezes não são as ideias pré-concebidas que os resolvem e sim a personalidade. Daí que haja tanta contradição na política de direita e esquerda.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Trabalhar para viver

"Enquanto nós nos levantamos da cama com um cansaço genético, como se carregássemos com o nosso quotidiano a culpa pela perda de protagonismo nos livros de texto e nos mapas do mundo, os espanhóis parecem acreditar que a história se faz todos os dias, que não há guerras que se percam quando há trabalho pelo meio e que nada há mais triste que nunca tentar"

Rita Barata Silvério - 10.06.2005

sábado, janeiro 28, 2006

Munich

"Spielberg é claro na sua mensagem de paz: escolher a violência é acordar um monstro tentacular impossível de controlar em toda a sua ramificação"

Rui Henriques Coimbra in Única - 07.01.2006



Rendo-me. Afinal vou ver o filme Munich.
E rendo-me porque sei agora qual é o seu argumento. É um filme que mescla o pós-desastre na aldeia olimpica com os "movimentos" que ocorreram na mesma e que levaram à morte de 11 atletas. Já tinha visto um relato sobre o sequestro e triste fim.

Falar de terrorismos num filme nesta altura, pode ser considerado um acto provocatório. Ainda mais sendo o seu realizador de apelido judeu... e o argumentista (Tony Kushner - Anjos na América) contra a criação do estado Israelita.

Para algumas pessoas poderá encerrar a mensagem corrente naquele cantinho do mundo desde há 45 anos para cá: amor com amor se paga. Para mim, a mensagem é clara: violência gera violência e não é com ela que se resolvem os cruciais problemas. Ariel Sharon foi incendiário para atingir os seus fins, Arafat também compactuou com a violência nos últimos anos da sua vida e durante parte dela instigou-a.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Tenho os pés frios!

Hoje está muito frio. Todo o país treme. Trás-o-Montes e Alto Douro vai ter -3ºC de temperatura mínima e a máxima 13ºC em Faro.
Estou em casa, tenho montes de roupa vestida e o aquecedor ligado e ainda tenho frio. É esta mania que nós temos que Portugal tem um clima ameno... se for comparado com o Pólo Norte, sim! Porque no Inverno faz muito frio e acho que está na altura das casas começarem a ter condições ao nível de aquecimento ou refrigeração no Verão.
Por acaso no DN de hoje saiu um artigo que a ser verdade vai permitir que não só possamos diminuir a tarifa que pagamos ao nível da energia: electricidade, gás, gasolina... mas também possibilitar o aquecimento das casas através da utilização de painéis solares. É uma boa iniciativa, porque não só poupamos a carteira como o meio ambiente.

Mugabe e o monstro das bolachas

"Mugabe nega vigorosamente a existência da fome, o que me parece credível: pelo menos lá em casa, é provável que haja sempre bolachas para o chá. Mas Mugabe discorda, sobretudo, das causas da fome: se ela existe, a culpa é de Blair e, mais, do inevitável sr. Bush. Estranha coisa: Washington eviou, desde 2002, 300 milhões de dólares em ajuda alimentar para o Zimbabwe; mas nada disto impede o famélico Bush de andar lá por casa na caixa das bolachas. Se isto não é um monstro, o que é um monstro afinal?"

João Pereira Coutinho in Expresso - 22.10.2005

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Protagonistas de outras eleições

"A outra grande notícia da noite foi Manuel Maria Carrilho ter levado uma sova democrática de Carmona Rodrigues, apesar de o engenheiro ter tanto jeito para a política como eu para os matraquilhos"

João Miguel Tavares in DN - 14.10.05

Grandes amigos



É um incómodo, mas não tem que ser um problema" - é desta forma que um destacado dirigente do PS resume a futura relação entre o partido e Manuel Alegre depois das eleições presidenciais. O deputado levou a melhor na noite eleitoral e voltará ao Parlamento com mais de um milhão de votos no bolso, coisa nunca vista em Portugal. O clima é como na Guerra Fria a força de Alegre e de José Sócrates é dissuasora. Ambos sabem que um "ataque" pode prejudicar as duas partes. Estarão, por isso, condenados a entenderem-se, pelo menos para já.

In DN - 23/01/2006

quarta-feira, janeiro 25, 2006

A outra face da noite eleitoral...

nos estúdos da TVI é que houve situações limite, com uma Maria José Nogueira Pinto já farta dos palpites de Manuela Moura Guedes a tentar explicar-lhe que, sociologicamente, "a direita não é metade do país": "você sabe isso, ou não sabe?". Tá bem, mas e daí?

Inês David in Público - 23.01.2006

Outro berbicacho ouvi em directo.
Na TSF havia um painel de analistas ligados aos candidatos e não só. Só o descobri quando, já bem noite adiantada, um deles, o Dr. José Rebelo, protestou veemente pois o jornalista de serviço da TSF só agora iniciava a ronda aos (restantes) convidados. Boa parte do espaço de comentário até a essa hora tinha sido preenchido com as palavras de Dr. Medeiros Ferreira que, se não me falha a memória, representava Mário Soares.

Foi um atrito que fez corar várias caras em estúdio. Infelizmente, nem sempre é com falinhas mansas e "off-the-record" que os jornalistas se tornam mais responsáveis e razoáveis. E quem diz jornalistas diz qualquer outro trabalhador de diferente sector.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Outro problema para Abel

Rir é o melhor remédio

"Qual foi a coisa mais surpreendente que descobriste acerca da política?

Como as radicais mudanças de posição se iniciam instintivamente ao invés de intelectualmente. E como as grandes alianças acontecem devido a uma partilha de sentido de humor ou a um comentário espontâneo"

Bono por Bono (livro de entrevista de Michka Assayas)

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Pós-eleições

CAVACO: de belzebu 1996 a fenómeno 2006

Ganhou o que tinha perdido para Sampaio. E ganhou com um novo moral político.
Não há nada que o tempo não faça esquecer.
Agora será a nossa vez, portugueses, de ver o que tem para oferecer e como nos vai representar. Cabe-lhe também exigir-nos.

Como primeiro-ministro foi pouco humano. Ao tentar desenvolver a economia, fez do cidadão mais necessitado e com menos instrumentos para resolver os seus problemas, o elo mais fraco. Como presidente não poderá agir com determinadas metas só para uma minoria nem só para a maioria, terá de se empenhar por TODOS.

Não é altura para celebrar. Foram-se as palavras, esperamos os actos.
A médio prazo veremos o que fará.


Nem MÁRIO nem ALEGRE

A raposa política ao querer defender o seu nome e sobretudo o PS da derrota certa, enterrou-se. "Soares é fixe" vai para o museu. De lá não devia ter saído. Se se tivesse empenhado numa candidatura do amigo Manuel Alegre, Cavaco não ganharia à primeira volta.

Alegre mostrou-se como independente, mas ao olharmos para ele vimo-lo como o número suplementar do seu partido. Findada esta birrinha, Manuel Alegre volta para a bancada do PS, lê o jornal, faz desenhos, discursos e poemas. E se alguém implicar com ele... não se cala.


"FACTOS" políticos dos próximos meses

A guerra interna no PS encherá os média, dominará os espaços dos comentadores políticos, dos construtores de factos, dominará os sonhos de quem embala em histórias. Em crise o PS não vai ficar, nem o governo. Serão apenas alinhamentos internos e no exterior a gestão da imagem , a qual os partidos seus adversários procurarão desgastar e diabolizar.
No fim, as contas serão feitas pelos que votam. Nas próximas legislativas. E quem votou ontem mostrou que não embala em cantigas.


O bom JERÓNIMO, o LOUÇÃ que duplicou, o GARCIA que se mostrou

Jerónimo Sousa dá mostras que o PCP, o tal que Cavaco Silva repudiava, não morrerá enquanto tiver gente que dá tudo pela sua organização. Que ideias e práticas por detrás da imagem de galã do recente líder? Não saberiamos se iria dar muito de si para o desenvolvimento económico de Portugal, ou se se conseguiria deixar o governo a continuar a atrair investimento externo.

Nos média Francisco Louçã e o seu Bloco de Esquerda vão voltar a considerados como perdedores. Perder não é duplicar votos após 5 anos nas presidências, não é duplicar nas autárquicas, nem é triplicar nas legislativas. O movimento cresce, com a ideia que em breve poderá estancar o seu crescimento mas com o firme sentido de influenciar a sociedade em que se insere. Fica por saber em que se traduz o palavreado utilizado por Louçã: política de exigência, solidariedade, nova esquerda, igualdade, etc. Por acaso nunca vi um Cavaco Silva exigente com todos os agentes sociais.

Garcia Pereira foi provavelmente o único a respeitar o tempo de campanha. Todos os outros estiveram meses nas ruas, mesmo sabendo que a legislação lhes dá 15 dias de esclarecimentos. O candidato sabendo que nem 1% iria ter no final de votos contados, fez o que todos os portugueses deviam fazer: lutar pelas suas ideias, pelo que desejam em que o seu país se traduza. É o nosso grande mal, esperar que os outros façam tudo por nós e entretanto criticá-los cobardemente.

Uma palavra final para o fim do segundo mandato de Jorge Sampaio. Fez o que pode, representou bem o que Portugal tinha de bom. Pode não ser mediático como outros presidentes, mas nem só com presença nos mass media se age. Entrou com firmeza e motivação, saiu desanimado mas com o sentido de dever cumprido. Tal aconteceu porque não viu confirmar-se a sua crença de acção de esquerda: acreditar que podia contribuir para o futuro melhor. Infelizmente em Portugal responsáveis há que embora tenham saindo cargos de poder com resultados piores dos que com entraram, saem com um sorriso no rosto. O futuro da empresa ou do cargo estatal está ainda de pé, o seu património simbólico e económico saiu com lucro, pouco interessa o de quem pediu sacrifícios em prol de um futuro melhor.

Realmente, quando tomou posse Portugal estava muito melhor mas ser presidente não é ter a mesma acção de mudança de que um primeiro-ministro.

domingo, janeiro 22, 2006

Que alívio!

"Independentemente dos resultados, convinha que alguém pensasse em reformular os tempos de campanha, porque ninguém aguenta esta dose cavalar de propaganda eleitoral. Votar, desta vez não vai ser apenas um dever cívico - vai ser um alívio."

João Miguel Tavares in DN - 20.01.2006

Afinal eu não era o único a sentir-me enfadado com tamanha dose de campanha.
Hoje é dos dias em que a Comissão Nacional de Eleições é mais visivel. Espero que tenha a decência, o saber, e sobretudo o que não tem, poder. Poder de limitar os elegíveis da república a 14 dias de fama e aos restantes cidadãos o alívio, fora da acção de actores tão preocupados e tão predispostos a mudar o país.

Há duas sem três


"No domingo, muita coisa há para verificar: se Cavaco ganha folgadamente, se teremos uma segunda volta e se Soares viola mais uma ves a lei eleitoral"

Pedro Lomba in DN - 20.01.2006

Mário Soares ao votar não prestou esclarecimentos à comunicação social. Ao ser questionado "está bem disposto?" fechou a boca imitando o gesto "fecho-eclair".

É o movimento do bom manipulador português: "ah portei-me mal? não dei por isso, mas nem punido fui! Agora estou no meu cantinho, sou um cidadão totalmente novo... nem mais nem menos que os outros"

Votei, respondendo a uma destas questões:

- Qual o candidato que melhor ajudará ao desenvolvimento económico do país enquanto presidente?

- Qual o candidato que verá os portugueses como um todo, e que conseguirá tomar conta das preocupações de um empresário bem com das de um trabalhador precário, sem discriminar?

- Qual o candidato mais capaz de melhor governar com o governo de Sócrates?

sábado, janeiro 21, 2006

Abençoado dia de reflexão!

E ao 15º dia, a CNE criou um dia de descanso.

Após 6 meses de campanha, ou se preferirem, pré-campanha sucedida de campanha nos últimos dias, tenho finalmente notícias nos telejornais. Foram-se os senhores dos abraços, beijinhos, das palavras fraternas, das boas vontades, dos grandes patriotismos. Voltam a aparecer as notícias que realmente interessam: futebol (TVI), a gripe aviária (RTP), as salas de chuto (SIC).

Viva a CNE! (lê-se que-né).

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Presidênciais - dose de cavalo V

"Filme conhecido: quando um político se começa a queixar da imprensa, o enterro segue dentro de momentos. Aconteceu com Santana, que no seu consulado heróico elegeu os jornalistas como classe a abater"

João Pereira Coutinho in Expresso 07.01.2006

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Presidênciais - dose de cavalo IV



"É tão inimaginável ver Cavaco em Belém recebendo professores em greve, magistrados em fúria, médicos em luta e autarcas ofendidos, como é quase certo que Soares o faria de bom grado."

Henrique Monteiro in Expresso - 07.01.2006

Presidênciais - dose de cavalo III

"O Dr Mário Soares , a quem devemos várias coisas importantes, porque somos pessoas com memória e porque conhecemos a palavra gratidão, está indignado com a Imprensa (...)
Mas alguém o devia ter avisado sobre a verdadeira natureza dos valores republicanos: não há privilégios para ninguém"

Francisco José Viegas in JN - 05.01.2006

terça-feira, janeiro 17, 2006

Presidênciais - dose de cavalo II



"a última ve que a comunicação social tratou mal Mário Soares ainda havia
dodós nas ilhas Maurícias"

João Miguel Tavares in DN - 06.01.2006

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Presidênciais - dose de cavalo I

"A imaginação não abunda. Todos falam em solidariedade social, confiança,
equilíbrio, educação, inovação ou desenvolvimento."

Pedro Lomba in DN - 06.01.2006

Presidênciais - dose de cavalo

Não, ainda não estamos suficientemente esclarecidos.
A verdade é que os 3 anos de discussão sobre quem seria candidato, os 5 meses de pré-campanha, os 15 dias de campanha não serviram para cumprir os objectivos... De quem vota? Da república? Não. De quem se esgueira para chegar ao lugar máximo que pouco poder tem no regime político que temos.

Ciente de que precisariamos de mais uns meses de campanhas presidenciais, da sua massificação nos média, juntamo-nos ao esforço que Portugal tem feito ao mostrar o movimento político: arruadas, festinhas, beijinhos, bailaricos, acusações. Afinal a campanha política não foi feita para esclarecer, mas para entreter.

Nesta semana o MarCáustico celebra os últimos cartuchos das Presidências 2006 em dose de cavalo.

domingo, janeiro 15, 2006

O novo Diário de Notícias

Escrevo este post ainda na ressaca do fim do DNa de Pedro Rolo Duarte, Sónia Morais Santos, e de outros excelentes "articulistas".

Escrevo-o convicto que o DNa não era obra imortal e que, embora ainda muito houvesse para tratar com aquela roupagem visual e escrita, o seu fim veio numa altura certa.

Tive acesso a boa parte das edições do Diário de Notícias desta semana. Mudou.

Em poucas palavras: agrada-me o visual, não me seduzem os novos "encartes".
Os cronistas são praticamente os mesmos. Excepto os "jovens" da Geração de 70, temos os mesmos políticos, carreiristas da "croniqueta" que já fazem vida da mesma há mais de uma década.

Quanto à opinião, folgo saber que terão espaço para uma ou outra citação retirada diariamente de blogs. Mas porque vejo sempre os mesmos blogs citados? Os tais que têm por trás deputados, políticos, correntes políticas? Gabam-se os meios portugueses que temos uma vasta comunidade blogueira. Mesmo retirando aqueles internautas que abrem um blog e se ficam pelo primeiro post, há muitos corredores de fundo neste meio de expressão de opinião.


O DN fez uma adaptação ligeira a um quadrante de público que dá boas vendas ao seu parceiro JN. Fê-lo sem medo de arriscar e distanciando-se da coragem, criatividade e juventude do Público.

Que dizer das novas revistas? A é uma fusão de revista Y e Mil Folhas do Público. Fica longe da novidade de uma Actual do Expresso. Nada de novo acrescenta ao formato banal de uma "revista de vendas culturais" como tem vindo a ser feita na última década.

A NS, revista de Sábado, é o seguimento do que destruiu a Grande Reportagem: menos reportagem, menos novidades e curiosidades e mais "gente", relax, lugares, aventura. Como se fosse ambição dos leitores ler uma revista assim no Sábado de manhã no café.
É uma Domingo Magazine menos familiar. Dispensável!
Venha a Única do Expresso.

Se nas revistas nada de novo, na economia há novidades. De Segunda a Sexta temos um suplemento bem "fabricado", a piscar o olho aos leitores do Diário Económico.

Ou seja, com o fim do DNa o DN que me interessa reduz-se à opinião de Pedro Lomba, Pedro Mexia, Pedro Rolo Duarte e João Miguel Tavares; à área de Média que posso consultar na internet; e pouco mais. Lember o novo desing, talvez...

E de quem tira o DN do seu leque de interesses, fica com o Expresso (da Única, Actual, Daniel Oliveira, MEC, Miguel Sousa Tavares) e o Público (das Segundas e de Sexta).

Não, por acaso não sei que horas serão em Kuala Lumpur. Should I?

A TV que eles vêem

Esta é a RTP que dá o seu horário nobre a "coisas" como O Cofre (RTP1) ou O Diário de Sofia (2), produtos sobre os quais, de uma vez por todas, não vale a pena promover discursos de pura hipocrisia mediática.

Adoro críticos de TV. Gostam tanto do meio que lhes dá sustento como eu de lutas de galos.
Para eles os formatos nunca são os mais favoráveis , os programas de serviço público nunca são perfeitinhos. Alguém por causa deles (críticos e formatos) vai deixar de ver TV?

sábado, janeiro 14, 2006

ADN cultural de fadista

"Não é preciso ter cinquenta anos e ter lervado pancada do marido e ter vivido nos bairros lisboetas para se ser fadista. A experiência de vida não pode ser entendida como o sofrimento atroz e como as experiências muito más
(...)
É a maturidade, e não a experiencia de vida dura e madrastra, que nos obriga a ser fadistas"

Kátia Guerreiro in DN:música - 14.10.2005

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Perda de poder (de compra)

"Esta perda de poder de compra é, afinal, o preço a pagar por ter um emprego blindado e garantido para a vida, sem estar sujeito a uma avaliação digna desse nome e com promoções automáticas e regulares"

Paulo Ferreira in Público - 29.12.2005

A perda do poder de compra é vítima de povo que não promove nem distribui a riqueza. Não há criação de emprego, não há diminuição de desemprego. Não se promove o quem mais produz, mas aumentam os jovens a viver com subsídios de solidariedade (recibos verdes).

Quem mais sofre com formas de trabalho precárias não terá problemas em ser avaliado.
Se a compensação fosse dada com a avaliação do trabalho e da produção, os salários não seriam os aumentar.

Não seria essa uma das vontades da legislação recente de trabalho que diz promover a competitividade?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Falcatruou? Sorria!

Estudo: criminosos sorridentes são mais apreciados

Sorrir é um princípio. Quem meteu o pé na poça, lixou a vida a outros mas tem demais vontade de continuar livre na sociedade faz do sorriso um princípio de influência... da opinião pública.
Contudo, não é com sorrisos que se dá a volta à justiça...



Avelino Ferreira Tor-res, presidente da Câmara do Marco de Canaveses, condenado a três anos de prisão, suspensa por quatro anos, pelos crimes de peculato e peculato de uso, pode não perder o mandato, conforme foi decretado pelos juízes.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Pena máxima

"É claro que não lhe compete a ele propor a criação de secretarias de estado (...)
Cavaco partiu um vidro, Soares e Vitalino Canas exigiram a cadeira eléctrica"

João Miguel Tavares in DN - 30.12.2005

terça-feira, janeiro 10, 2006

Dr Estranho Amor



Albertto João Jardim trucida quem não gosta. Mas recebe-os com o melhor dos afectos.

De Sr Silva, Cavaco passa a digno homenageado. Merece ainda uma canção interpretada pelo eliade da Região Autónoma da Madeira com o candidato, apoiado pelo seu partido, na assistência.

Ainda vou ver Alberto João Jardim a sambar com Francisco Louçã.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Portugal moderno

E no primeiro dia da campanha das eleições presidenciais fiquemos com uma boa frase do comentador do DN Pedro Lomba.

"Talvez com a excepção de Louçã, os adversários de Cavaco Silva passam o tempo a recordar os tempos nefandos do cavaquismo. Não percebem para que, para o eleitor comum, que viu Guterres, Barroso e Santana, o cavaquismo foi um paraíso de que têm saudades."

Pedro Lomba in DN - 23.12.2005

domingo, janeiro 08, 2006

Aldeia da roupa branca

Os críticos de cinema, audiovisuais, escrita têm desejos. Nem tudo está bem no que perscutam e observam, mas têm uma visão das coisas a que esperam ser dada atenção nos meios que lhes dão o sustento.

Eduardo Cintra Torres, crítico de TV, teve finalmente a oportunidade de levar à tela o que para ele seria um bom argumento televisivo. A citaçãoque deixo em baixo é a análise que Pedro Rolo Duarte faz do mesmo.

"Eduardo Cintra Torres é crítico de televisão porque causa menos danos a escrever do que a produzir... ou mais a sério: vendo o filme "Debaixo da Cama", autoria e argumento de Cintra Torres, percebe-se que o crítico não só não sabe o que é e como funciona uma estação de televisão, como também percebe poucos dos meandros da política, da manipulação mediática e, no fim, está longe de saber escrever um argumento."

Pedro Rolo Duarte in DNa - 22.07.2005


sábado, janeiro 07, 2006

Por vezes querer não é poder

"Eu já estive em bandas e sei como é. Muitas vezes nós acabamos por não trabalhar o que queremos, como queremos. Chega-se a uma altura em que não é a música que interessa. Nem as sonoridades, nem a procura. Interessa outra coisa que não é isso: a coisa mais orelhuda possível. Por isso é que muitas vezes se encontram artistas que se iniciam no mundo da pop e vão fugindo cada vez mais para terrenos experimentais"

Armando Teixeira in Dna – 02.09.2005

sexta-feira, janeiro 06, 2006

A "grande" conspiração e a "grande" espionagem

Aquele que julga ser o pai da democracia portuguesa esbraceja: acusou alguns grupos de comunicação social de terem "combinado" apoiar Cavaco Silva.

Conspiração! Não é velhice, não é ruralidade por parte do canditato. É matreirice de velha raposa que joga infâmia, acusação descabida e mentirosa, que cria cenários para derrubar que lhe se nega altos vôos.

Sabe que põe em causa a inteligência da maioria dos portugueses, que brinca com a seriedade da democracia. Mas não lhe importa. Afinal, a democracia é para ele um jogo onde tudo vale em que ele, Mário Soares, é um dos árbitros.



Por outro lado Pires de Lima acordou agora para o caso "Iberdrola na EDP". Chamou para a atenção da introdução daquela empresa espanhola na eléctrica portuguesa questionando se não seria um caso de espionagem industrial.

O caso já tem meses. Despertam agora? Mas algum serviço de espionagem faz o seu servicinho às claras?
Pires de Lima tem de ler mais policiais. Ou livros do Dan Brown...

O CDS PP continua talhado para a escandalo, melhor dizendo, para a parvoíce.
Assim é quando a comunicação social o ignora por "demasiado" tempo. Partido Pequeno e insignificante?

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Comichão Nacional de Eleições

Mário Soares infrigiu a lei quando em dia de eleições apelou ao voto num candidato. Foi assim nas legislativas e nas autarquicas de 2005. Nas primeiras foi-lhe perdoada a "malandrice", na segunda creio não ter havido alegação final. Será Comissão Nacional de Eleições existe?

Outro assunto: a campanha para as presidênciais começou à três meses ou será só realizada em 15 dias de Janeiro? É que desde o fim do Verão, após perfilhados os principais candidatos, que não há assunto que assalte mais os média do que o fervilhar de acções de campanha. Será pré-campanha? Qual é afinal a diferença entre campanha com prefixo e sem ele?

quarta-feira, janeiro 04, 2006

O medo aviário adormeceu?

"A tuberculose continua a matar oito mil criaturas p0r dia. Só na Europa, a «morte branca» ceifa 70 mil ao ano. A meningite, que legitimamente preocupa pais e avós, mata 200 mil, (só na Europa, uns impressivos 15 mil). E se falamos de gripe «normal», a cifra sobre para meio milhão. Isto que é público, devia aconselhar alguma racionalidade perante uma doença aviária que praticamente não existe e cujas possibilidades de contágio são praticamente nulas. Não aconselha, Pelo contrário: na cultura do medo actualmente em cena, qualquer histeria tem lotação esgotada"

João Pereira Coutinho in Expresso - 22.10.2005

terça-feira, janeiro 03, 2006

Eram 3 meses, já vai em dois anos

A sonda Spirit completa hoje dois anos no solo de Marte.
Por vezes ao bom trabalho, reage-se com prolongamento do mesmo.



Parabéns pelo bom trabalho.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Rabo mole em cadeira dura

"Porque os senhores deputados, cujo rabo amolece nas cadeiras do poder, sentem-se melhor no papel de burocratas sem decência ou respeito pelos cidadãos que lhes pagam, do que dar soluções às demandas desta sociedade. Porque é mais fácil assustar que resolver. A comunidade que contribua com os impostos para as
infantilidades dos que preferem o protagonismo das audiências"

Rita Barata Silvério - 10.06.2005

domingo, janeiro 01, 2006

As memórias de um ano que começa

A recordar e homenagear nos próximos 365 dias:

Alexandre O'Neill 19/12/1924 - 21/08/1986



Agostinho da Silva 13/02/1906 - 03/04/1994



e continuar com 200 anos de desaparecimento de

Manuel Maria Barbosa du Bocage 15/09/1765 - 21/12/1805