segunda-feira, janeiro 31, 2005

Caríssimo Dr. Paulo Portas,

Sinto a sua falta nas praças e mercados do país. Diz-se que a boina que lhe dava um ar rural, de pessoa comum, ganhou pó no seu guarda-fatos. Espero que não.
O ministério da Defesa e dos Assuntos do Mar transformou-o em nova pessoa. Agora é amigo dos militares, dos pescadores, dos trabalhadores das OGMA e dos peixinhos do oceano. Os ex-combatentes do ultramar reconhecem o seu esforço. Têm-lhe carinho e compaixão, por estes três anos de marcha.

Soou-me bem a apresentação do programa do seu CDS. Realmente, temos falta referências e um choque de valores será de bom tom. O seu partido tinha um projecto para que, nas escolas, os nossos pequenitos a cantassem o hino e aprendessem a amar a nossa bandeira. Infelizmente não foi em frente. Na ilha de Cuba o tio Fidel tem aplicado o mesmo método e com sucesso. Precisamos de uma orientação mais cristã onde os valores da família, respeito, democracia e liberdade, muito em voga no outro lado do atlântico, cheguem de uma vez por todas ao nosso país.

Fala-me agora que temos de apostar na educação, que é uma forma de o país progredir. Disse ontem, também, que no seu programa eleitoral tem a chave para Portugal ficar entre as 20 economias mais competitivas dentro de em breve. Não era o senhor que tinha ido à Irlanda, há anos, conhecer o modelo de sucesso que têm? Não esteve no governo nestes últimos três anos? Esse plano de rápida evolução económica e amor pela educação recordam-me tanto o nosso “primeiro” Guterres!

Diz-nos com franqueza que é preciso governar à direita, apostar mais no sector privado e que só assim se poderá valorizar a classe média como alavanca do país.
Concordo plenamente, é que o poder de compra da classe média tem desvalorizado ano a ano e essa “classe” será a que mais sofre com os impostos. Imagine que há pessoas com elevada riqueza acumulada, que não os pagam. Mas vou acreditar no seu bom nome ao me dizer que há socialismo a mais na economia portuguesa, e que é preciso uma qualificar o trabalho, dar mais poder à economia para produzir riqueza. Não me falou em dividi-la por todos, mas acredito em si. Reformule-mos então a lei laboral a seu pedido para produzirmos mais…

Só me interrogo porque é que estamos neste estado de coisas, se já há 20 anos o socialismo e a esquerda não manda na economia do nosso querido país. Os nossos cidadãos têm, hoje em dia, brio nesse valor bonito que é o consumo económico; o consumo de informação revela que a cultura dos “nossos” é mais pelos produtos “rosa” que as empresas nos fornecem. Acreditemos então que o sector privado nos auxiliará na diversificação e difusão cultural.

O Paulo Portas e os seus colegas de partido alertam vezes sem conta para os perigos de “comunistas radicais e a extrema-esquerda”. Realmente, valores revolucionários são desprezíveis. Mas diga-me, um programa de choque associo a uma evolução brusca, não estará a ser um pouco extremista? E essa questão dos bons valores não será uma paixão exacerbada pelo nacionalismo?

Não se governa com ilusões, nem se governa aos gritos, dizia ontem. É precisamente isso que espero de si. O seu bem vestir, a sua a gravata, boas maneiras fazem-me acreditar que respira e sonha 24horas no bem de Portugal.

Cumprimentos fraternos,


Ementa acidental

O gato lançou-se a acidental. Ricardo Araújo Pereira, um dos talentosos argumentistas que temos em Portugal, fartou-se de piadinhas de direita e rosnou um pouco no blogue que iniciou a história Gato Fedorento. Em causa estava um jantar do Bloco de Esquerda em que RAP esteve presente.

Estamos em condições de adiantar a ementa que se serviu nesse jantar.

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domingo, janeiro 30, 2005

Rock sem cevada em 2006

A segunda edição do Rock in Rio Lisboa já tem data e patrocínios.
Abram alas para Sumol e 7Up, sucos oficiais do Rock In Rio 2006.
Millennium bcp, SIC, Grupo Renascença e SAPO, também doarão dinheiro para tão belo evento.
Só nos resta esperar agora pelos artistas.
Tragam novamente aquela mocinha que esbracejava bastante enquanto mexia a boquinha. Como se chamava ela?

Belmiro mete medo, Rui Nabeiro nem por isso

O telejornal da RTP de sexta-feira passada abriu com a notícia que de a Sonae de Belmiro de Azevedo deixaria de investir em Portugal. Se pensarmos quase 90% das empresas a operar no nosso país são pequenas e médias empresas, e que os investidores espanhois fazem de nós gato sapato, só podemos desejar ao Belmiro-mete-medo (coguenome no Contra Informação) votos de felicidade para futuro do seu negócio. Foram muitos anos a ameaçar os governos nacionais com a tremideira "agarrem-me se não vou-me embora".

Fico sobejamente contente com os poucos que não largam amarras. O grupo Nabeiro (Delta Cafés) passa a distribuir a Heineken, Amstel e Buckley em Portugal.
Viva o capitalismo e, sobretudo, quem a partir dele ajuda o próximo.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Sacudindo a bunda para lá, sacudindo a bunda para cá - II

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Já ninguém o segura... é fim de semana.

Sacudindo a bunda para lá, sacudindo a bunda para cá - I

Depois dos megabites, mega-bass e Megadeth conseguiremos resistir a mega-fraudes?

Quanto mais Santana Lopes caminha pelo país irreal, mais fica imbuido pelo espírito portuguesinho. As recentes sondagens põem em causa um cartaz de campanha PSD.

Ontem à noite o cabeça de lista do PPD-PSD, aos microfones do seu coreto-tecnológico, disse que poderá processar empresas caso não se venha a "confirmar as previsões que são feitas nas sondagens (...) as responsabilidades vão ser pedidas".

Quem processa os responsáveis por medidas que não travam o atraso do país?
O sector político diz que reside no voto poder de julgamento ao seu trabalho. Isso basta?

Sacudindo...


Sr. Feliz e Sr. desContente

"É com esse espírito que o PSD, mobilizado em torno de Santana Lopes, disputará as eleições. De norte a sul e nas ilhas do Atlântico, o PSD é um partido repleto de homens e mulheres de coragem, de gente de todas as classes sociais, afirmada nas suas profissões e que ousa remar contra a maré. É gente que separa o acessório (as paixões subjectivas) do essencial (o combate por Portugal). É gente que cerra fileiras e não tem medo da luta."

José Freire Antunes, Candidato a deputado pelo PSD no Porto, DN - 14/01/2005

"A causa profunda deste mal-estar dá pelo nome de partidocracia. Ao escolher os deputados em que o cidadão é obrigado a votar (a menos que se abstenha), os partidos estão, na prática, a gerir equilíbrios de forças internas e a cuidar dos seus interesses próprios, em detrimento de populações que serão tudo menos representadas por tais eleitos. Esses deputados pára-quedistas são os mais fiéis aos partidos (...) Pois o seu destino político depende do partido e não deles"

José Manuel Barata-Feyo, Grande Reportagem - 15/01/2005

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Cabovisão, contra ventos e marés

Parabéns! Lutar contra um monopólio como o da PT é difícil e a Cabovisão tem conseguido manter e crescer.
Ele são novos anúncios do Sapão e da TVcabo todos os meses na TV, intenso telemarketing e canis exclusivos da sua rede, mas não conseguem inpedir o crescimento de outras empresas. A Cabovisão tem agora 100 mil clientes, cerca de 13% do mercado. A PT tem 80%.

Muito se fala agora de governar apoiando a vulgarização de internet. Quero ver como se vai realizar. As empresas estendem a mão aos subsidios, e vão recebe-los. Será que vão baixar o preço, aumentar a velocidade e qualidade dos serviços? Já se justificava. Ou será que os fundos desaparecerão por entre bolsos rotos?

Vagalhão

Quando a vaga de frio passar, por favor dêem-me um toque.
Desde há três dias que não me atrevo a sair de casa.


quarta-feira, janeiro 26, 2005

Agarra aqui

E agora, pausa no cascanço e espaço para a diversão.
Hold the button é um jogo presente numa página da rede, em que ganha quem conseguir pressionar o botão do rato durante mais tempo.

O record é de Paulo Portas, líder do CDS (cadé o PP?) que, caso se lembrem, tardou a começar a sua campanha de visibilidade em cartazes e TV. Antes de começar a desbobinar diáriamente a cassete do "eu fiz muito pela pasta da defesa", esteve seis dias agarrado ao... rato.

Oeps, afinal a política veio à baila! Assunto impossível não tocar, num terreno tão fértil à beira mar plantado.

Não se sentem poderosos?

"Depois do maior outlet da Europa, do maior Ikea da Península Ibérica, da maior árvore de Natal do velho continente e da maior cascata pirotécnica do mundo, o que nos esperará? A maior derrapagem económica do planeta? A maior palhaçada política do universo? Aguardamos empolgados por notícias que nos encham de brio."

Sónia Morais Santos, DNa, 07-01-2005

terça-feira, janeiro 25, 2005

O senhor protecção civil


O governo está cada vez mais em consonância com a realidade. Associa-se ao lançamento do filme Ladder 49, mais uma pelicula lamecha que trata de heróis americanos para consumo interno. Nomeou Gil Martins para o cargo de coordenador do Centro Nacional de Operações de Socorro. Foi um personagem que fez pouco do esforço dos bombeiros, aquando do Verão quente de 2003. Alguém terá ficado satisfeito, os bombeiros nem por isso.

É aquela sensação do coiso... introduzir um furão num galinheiro. Ai, estas metáforas. Estou a ficar como o outro...

JN rural

Agricultores desesperam com a falta de chuva e nem sonham com os prejuízos que a geada (a vaga de frio) vai causar.

Mãe aos 67 anos

Parece impossível, mas é verdade. Uma letrada romena, deu à luz gémeos aos 67 anos sendo que um deles faleceu. A notícia em seguida já data de há umas semanas, mas ajuda-nos a perceber esta história... de vida.


segunda-feira, janeiro 24, 2005

Delicatessen

"... e como dizem as crianças mais pequenas, isto não se faz. As crianças mais pequenas quando os outros meninos têm medo de ir brincar ou fazer algum jogo, chamam-lhes um nome... chamam-lhes um nome. E esse nome é bem chamado."
Pedro Santana Lopes, ontem à noite num convívio perto de si.

Releiam.
Que nome será? As crianças pequenas dirão a palavra cobarde? As crianças pequenas inglesas utilizarão "chicken". Mas na nossa terrinha, Santana Lopes chamaria em pequeno (ou seria chamado?): mariquinhas.

Esta é mais uma triste expressão do ex-Primeiro Ministro, líder de Portugal, dos Algarves e agora do lírismo metafórico. Com os ataques à vida privada de Sócrates, a frase utilizada ontem com outros propósitos, espero, veio mesmo a calhar para... o 24horas e outros jornais.

A afirmação de Francisco Louçã, num debate de Paulo Portas, foi relevada pela forma despropositada como se dirigiu ao representante do CDS (PP?). Será que a afirmação do líder do PPD-PSD vai ser tão debatida como o "carnívoro" do Louçã? Veremos nos jornais televisivos daqui a pouco.

Quem tem dúvidas, tem aqui mais uma prova de que Santana Lopes é dono da retórica e que a sua ânsia de debater não servirá o esclarecimento de ideias e projectos para o país, mas para o debate de estilos visuais e sonoros. O PSD nas legislativas anteriores procedeu de idêntica forma. Cavaco fugia a conversas televisivas com Guterres. RTP, SIC, SIC Notícias têm vindo a promover debates e outros arrancarão breve. Em Portugal muito falamos, pouco esclarecemos e as verdades ficam a meio caminho entre o interesse partidário e o interesse público.

Ainda sobre Francisco Louçã, fica-lhe mal aquele esquerdismo reaccionário. Nesse sentido concordo com o post de Pedro Oliveira no Barnabé. Não posso, porém, deixar de concordar com o argumento que Daniel Oliveira (O Eixo do Mal, Barnabé) contrapôs no programa da SIC Notícias. Segundo o porta-voz do Bloco de Esquerda, Louçã reagiu indignado ao argumento de uso do corrente de certa direita: é uma vida que as mulheres têm impreterivelmente de dar à luz / não têm direito de decidir o que fazer com o seu corpo. São dogmas religiosos. Tiram do sério uma pessoa que acredita que recusar o direito à liberdade de escolha é uma forma pouco humana de gerir o problema.

São delicadezas de campanha que espero não ouvir mais em diante.

José já beneficiou dos fundos da União Europeia... e você?

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domingo, janeiro 23, 2005

Os 10 apontamentos

Questões não respondidas no hino que carinhosamente o partido dedica a Santana Lopes:

1. Quem é a menina morena? A nova-ex-futura dama?

2. Quem vive para a pandega também chora?

3. Merece palavras amenas o homem, ou a menina, que é boa cigarra mas má formiga?

4. Santana foi à tropa? Foi figurante em algum filme medieval?

5. Descanso? Sonho? Já não dorme a sesta?

6. Pode-se considerar projecto de vida, uma ambição desmedida que o leva a não concluir mandatos que lhe foram confiados?

7. Santana faz musculação ou halterofilia?

8. Tem pesadelos e hemorragias nocturnas?

9. Tem consciência que o humilham quando se canta esta letra?

10. Que mais fará para ser feliz? Continuar a promover o ridículo?

Essa coisa chamada ambiente...

Hoje pelas 19h15, a 2: dá o segundo episódio de uma boa série de investigação: "Portugal – Um Retrato Ambiental". Produzida para a RTP, escrita por Luísa Schmidt e realizada por Francisco Manso, dá-nos uma visão sem-papas-na-lingua de como o ambiente é o elo mais fraco da nossa sociedade. O ordenamento das povoações, zona costeira, a fauna e flora... o imobiliário, o turismo, a economia. A excelência, como diria o outro. Sem medos, sem visões entrecortadas por outros interesses. A verdade nua e crua.

Parabéns à RTP pelo serviço que tem prestado. Já agora diga-se que é de louvar o facto de ter assinado com o sociólogo António Barreto para a produção de uma série de seis episódios sobre as principais mudanças verificadas na sociedade portuguesa, nas últimas quatro décadas.

sábado, janeiro 22, 2005

O método socrático

Batem as 20 horas. Os canais de televisão fornecem os tópicos que vão tratar... em mais de 60 minutos de programa. Passa-se a emissão para o regabofe novas fronteiras do PS.
São 20h01, Sócrates muda radicalmente de assunto. Next stop: Desemprego. Coincidência?

Será que o seu teleponto debita o discurso ao minuto?

"Carrinhos" de choque

Quem acredita que é com medidas drásticas que lá vamos?
Os chamados choques, as políticas de acção rápida e eficaz, ou, pensado mais terra a terra, os meros enfeites de campanha, voltaram a estar na moda. Aqui fica a linhagem deste pensamento da história contemporânea de Portugal. Uma senda de carrinho de choque, em que quem nos governa é o condutor, e o subjugado o carrinho que anda às três pancadas.

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Antes de Santana Lopes apresentar o seu programa de governo, a sua reacção seria diferente.

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A ingestão da justiça

O português é um animal que, quando chamado à justiça, compõe cenários alternativos, pirotecnias avançadas.
Nuno Cardoso, anterior presidente da câmara do Porto, engendrou esquemas noveleiros para Zé Povinho acreditar na sua inocência e deu-os a conhecer à comunicação social às 20h, hora a qual, os "inocentes" nacionais usam vezes sem conta. E com razão, usar outros canais de comunicação àquela hora, como o telemarketing, dava muito incómodo.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Jesus Cristo na mesa, Diabo na Casa Branca



Será Bush o regresso profético do anti-cristo?



Será que a sua família está envolvida?

Ou será apenas uma saudação lá da terra?

Coragem amiguinho, coragem! (hino à falta de lata)

Desde a primeira audição que fiquei rendido a hino preparado pelo PSD para a campanha das legislativas. Finalmente encontrei a letra. Foi escrita pelo brasileiro Gonzaguinha e "retrata" Santana Lopes. Saiu ontem no Correio da Manhã.
Aqui fica, para vossa reflexão:

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“Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura

Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem refeitos

É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama

Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz”

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Na mira do Lopes

Dizia Luís Delgado que Santana Lopes era o George W. Bush português. Começo a acreditar que sim. Em Almada, o líder partidário do PSD cometeu mais uma gaffe.
Ou será que estava já contagiado pelo espírito de Jô Soares, que actua hoje no CCB?

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Queen voltam aos palcos

Era uma vez, num reino bué bué longe... uma banda chamada Queen.
Faleceu o carismático líder, mas os restantes membros regressam para esticar as pernas.
Portugal, o país em que todos os natais sai mais uma compilação da banda inglesa, não tem actuações agendadas. Será que voltámos a viver na periferia?

Santana Lopes, o mito

Já em 2001, aquele que viria a ser o nosso Primeiro Ministro, era tomado como o político pós-modernos que todos agora conhecemos. Além disso, superava já a ficção quando em acção. Um pequeno genial.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Samatra ou Sumatra?

Agora que é abandonada pelos média a tragédia que a vaga de maremoto originou, é tempo de esclarecer algumas dúvidas. São sobretudo, gramaticais.
Afinal é Samatra ou Sumatra? Como se lê e como se escreve?
Em caso de dúvidas aflore a questão. (adoro a parte dos "lidres" e "cadavres")

Uma visão diferente da coisa-pública

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segunda-feira, janeiro 17, 2005

Zero em airplay, sucesso de vendas

"Já não me lembrava de um disco [Humanos] tão consensual, mas este disco, que reúne o entusiasmo de especialistas e do mero consumidor, foi editado há um mês, saíram 40 mil unidades na primeira semana e, até hoje, airplay na RFM, zero, na Mega FM, zero, na Best Rock, zero, na Rádio Cidade, zero, na Rádio Comercial, zero."
David Ferreira, da EMI Music Portugal ao DNmúsica, 07-01-2005

Jaime Ramos, o bôbo da corte de D. Alberto João

Para mais tarde recordar, aqui ficam alguns pensamentos do líder parlamentar do PSD Madeira, Jaime "sifões de retrete" Ramos.

domingo, janeiro 16, 2005

A pepsi é mais docinha

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A ternura dos quarenta...

... anos, passados na clausura. Não é figura pública, não é eremita nem monge de cister. O caso que o levou à cadeia foi "celebrizado" no filme Mississipi em Chamas.
Edgar Ray Killen há décadas que esperava explicar a sua versão dos factos em tribunal. Vai para casa aos 79 anos. E agora?

sábado, janeiro 15, 2005

A leste de tudo e nada

Está na altura de fazer uma adenda ao novo cartaz do PS: Agora Portugal vai ter um rumo. Só ainda não sabemos qual é.
Miguel Góis no Metro de ontem

Sócrates e amigos dos amigos continuam a dialogar. Desta vez Vitorino, o ideólogo do PS, levou lápis de cera e papel para ver se o tempo passa mais rápido.
A palrar somos nós muito bons.

Entretanto, no país dos Ayatollas...


sexta-feira, janeiro 14, 2005

Cosmética e substância

Gosto da vocação do PSD para falar de si próprio. Quando acossado, disserta sobre o Marketing Político do adversário directo. Ah e tal... pouca substância... e coiso... muita cosmética.
É cruel, anda um partido no debate leal de ideias, no ilucidar de medidas, tudo a favor de Portugal, e está a oposição a encher cabecinhas dos votantes com palavreado fútil...

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Incêndios

Registam-se os primeiros incêndios nas florestas.

No governo o incêndio alastra. Santana Lopes, no papel de Nero, conduz uma política de terra queimada, chamuscando os seus companheiros de jornada. Morais Sarmento submergiu nos mares de S. Tomé e Principe enquanto que em Lisboa (hmmm Argélia? França?) o português Nero (Adamastor?) se movia contra ventos e marés.

Na sede do PS, Vitorino e Sócrates não encontram os princípios programáticos do PS. A compilação de uma história de mais de 30 anos ardeu misteriosamente. Como tal organizam agora o media-evento Novas Fronteiras com vista à recolha de ideias...

terça-feira, janeiro 11, 2005

Jobs for the boys '05

PS quer mais emprego

É justo. Durante três anos PP e PSD arranjaram emprego para os seus.
É agora tempo do PS empregar os sócios que têm as cotas em dia.

Afinal, a política é para servir as pessoas.

Fadinho da solidariedade

Tenho dó. Dó ré mi fá sol... de quem não morre no com uma câmara apontada.
Não é querido ironizar sobre centenas de milhares de mortes, especialmente se entre os quais estão alguns da nossa zona geográfica, mas a onda solidária 2005 tem algo que se lhe diga.

A chamada comunidade internacional recolectou já 4 biliões de dolares para dar aos países desfavorecidos pelo maremoto. Mas será que irão todas para as mãos dos sem terra, sem casa, sem família, sem emprego?

Mais importante ainda: porque é que acreditamos que esta boa vontade monetária é verdadeira? Ramos Horta (Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste) e Fernando Nobre (AMI) chafurdaram já na ferida. Este último referiu à TSF "A grande questão hoje é se os fundos vão ser realmente desbloqueados para a reconstrução. Há um exemplo recente, infelizmente negativo, que foi o terramoto de Bam no Irão. Prometeram-se 125 milhões de dólares e só chegaram 17 milhões"

As pessoas, os governos só se lembram da caridade, solidariedade e de sentimentos descritos com outros sonsas palavrinhas, quando a tragédia bate à porta ao lado, quando é natal, quando se mendiga na TV. O Zé-solidário-oriente é dominado pela vontade imediata, contudo, não terá ideia que depois de se deixar de a ver na TV continuar-se-á a sofrer por lá. Em Bam (Irão), a vida não voltou à normalidade. Nos Açores, pessoas que ficaram sem casa graças ao terramoto de 1998, continuam a viver em contentores.


As mesmas admimistrações de países que disponibilizam agora milhões de dolars, não contribuem para um desenvolvimento sustentável. Perseguem o curto prazo e largam os "animais" às urtigas mais tarde. Falam da amizade humana quando há seus cidadãos em causa ou suas empresas em risco. Os milhares que morreram nas chacinas do Ruanda erão "cães como nós", no entanto...


A solução de problemas, inteligentemente, será sempre realizada a médio longo prazo. Educação, boa informação, boa distribuição do dinheiro geram bons costumes e uma sociedade mais equilibrada. Solidariedade para com os outros não é só quando o Banco Alimentar estende a saco de plástico, nem quando uma TV apela ajuda à Maria que tem uma dúzia de filhos para sustentar. Isso é só folclore hipócrita.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Sopro do coração


George W. Bush, amigo das acções externas. Na doença e loucura da guerra. Gerir situações de dor e miséria provocados pela natureza não é com ele.

domingo, janeiro 09, 2005

Os ilegíveis

É ilegivel para a maior parte das pessoas, mas os chamados deputados em lugar elegível têm sempre o assentinho na Assembleia garantido.

Graças a indisposições, afazeres profissionais ou manifesta falta de paciência, os deputados revezam-se múltiplas vezes e poucos são os que, até ao fim da legislatura, cumprem o seu mandado. Isto é, as personagens em que votamos são só chamativas. Parte delas não estão nas listas para serem levadas a sério, mas para servir um bem último: o partido. Em vez de "partido" soava melhor "Portugal", não era? Saciem-se nos outdoors.

Há quem defenda a alternância democrática. Por agora existe a alternância partidária.

C dois

Antes de pensarem em comprar um C2 da Citroen, dêem ouvidos à experiência.

sábado, janeiro 08, 2005

Amigos para sempre

Santana Lopes assinou hoje um "Tratado de Amizade, Cooperação e Boa Vizinhança" em Argel.
Fico feliz por saber que não vamos ser invadidos pela Argélia.
Já nos basta a China.

Cartazes que passaram à história


sexta-feira, janeiro 07, 2005

Muito interessante

Coisa muito curriqueira nos blogs, é elogiar... o fenómeno blog. O apoio exagerado chateia-me, tal como me chateia todo e qualquer discurso demasiado elogioso que uma pessoa faça sobre si. Gabalorices, não obrigado.

Desta feita refiro-me a um blog, ou de um problema que surgiu com um deles. Há uns bons meses, em muitoimentiroso.blogspot.com andou-se a cozinhar histórias sobre o caso Casa Pia. Sem nunca afirmar que eram verdadeiras, ou mentirosas, o blog acabou por desaparecer a partir do momento em que personalidades lá difamadas o chamaram à justiça.

Hoje é notícia no Diário de Notícias que a PJ identificou de onde escreviam para o blog. O IP pertence à empresa PressLivre, da Cofina. Curiosamente, o Correio da Manhã faz parte desse grupo. Será que houve menino jornalista que, sem capacidade de investigar e transpor para o jornal, se divertiu exercitando o seu poder de ficção? Ter-se-á influenciado em algum material que tinha em mãos?

Constato algo importante. Nenhum meio é intransponível. Há uns anos julgava-se ser impossível a escuta de telemóveis. Há poucos meses, pelos lados da PressLivre, havia a ideia que um blog permitiria dizer as maiores alarvidades sem alguma vez ser descoberto o seu autor. O desafio entre o crime e quem aplica a justiça é grande, mas os horizontes desta não são finitos.

Todos nós temos Michael Moore na voz

"Santana tem algo em comum com Bush é objecto do mesmo ódio militante, com base no mesmo tipo de questões laterais, que o Presidente americano. Só que, sendo um país pequeno e quase sempre exagerado, não temos apenas um Michael Moore, mas muitos, e piores."
Luís Delgado, no Diário de Notícias de hoje.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Marte aqui tão perto

Há três dias esqueci-me de dar os parabéns a quem investiu nas sondas que palmilham ainda hoje o planeta Marte. Pois é, a 3 de Janeiro de 2004 aterrava em solo marciano a Spirit e a uns dias mais tarde a Opportunity. Um ano após, continuam a produzir conhecimento.

Os 90 dias a que estavam habilitadas cumprirem, acabaram por se prolongar sine die.
Desde que a racionalidade se tornou caracteristica da humanidade, que não paramos de nos surpreender. A actualização de tecnologia é constante de forma a que temos conseguido contornar as adversidades. Até quando?

Cantar de galo

Nobre Guedes por Coimbra e Narana Coissoró por Faro concorrerão nas legislativas que se avizinham numa situação nova.
É a "diferença entre o PP e outros partidos", segundo Paulo Portas.
Colocar meninos a encabeçar distritos onde o partido não costuma eleger depudados é:

a) coragem política?
b) um antecipado atestado de reforma?
c) sadismo?

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Por "uma política mais bonita"

Percebo agora a paixão de Santana Lopes pela resolução do caso Parque Mayer. É, sem dúvida, apreciador de espectáculos de variedades! Caso não fosse, não tinha dado tanto show durante os missos quatro meses de governo, nem teria continuado a promover a alegria já neste ano. A imprensa não deixa passar estas trapalhadas sem rizinho.

Todas as semanas temos novos episódios. Nesta, temos um adiantar do perigoso número de facas. Pinto da Costa apoiará o candidato do PS, muito provavelmente, e Santana lançou Pôncio Monteiro, versão FCP - bairrista mas de cartão PSD. Como sempre, a cúpola que (des)coordena o partido laranja, não pensa no que faz. Santana e amigos automutilam-se.

Guterres e companhia eram o exemplo de políticos que "falam, falam, falam, falam... pá" e que não os vemos a fazer nada. Santana Lopes mostra ser uma versão "piorada", é dos que não pensam no que falam. Pior é possível mas, por favor, saiamos da beira do abismo.

O nosso PM a prazo dizia-nos pelo Natal "que 2005 seja um ano com uma política mais bonita". Ó amigo, também não exageres! Espectáculo de variedades é no Parque Mayer, gestão é no Estado.

terça-feira, janeiro 04, 2005

Júbilo caninófito

Mais Inspector Max para gáudio de toda a família

Como faço parte de uma família, não cabo em mim de contente.
Urra! Mais episódios do Rex, o cão polícia!. Não? Fox, o cão político? Ah... o inspector Max, o pastor alemão mais temido da bandidagem... logo a seguir ao Rex.

Portugal é assim. Se um sucesso subsiste, copia-se o modelo. Rex rendia, nasça Max para o gáudio ($) da nossa TV(i).
Nem se dignaram a aportuguesar a série. Imaginem só: Farrusco, o GNR. A história de um genuíno podengo português adoptado por um posto da GNR de Pampilhosa da Serra. Uma delícia para a pequenada local, mas um feroz animal na caça ao contrabando!

segunda-feira, janeiro 03, 2005

O que a vaga não destruiu

Quem não se recorda da série Arthur C. Clarke's Mysterious World? Passou na RTP repetidas vezes e relatava a tentativa de explicação de alguns fenómenos paranormais. O autor da série era Arthur C. Clarke, físico de nomeada conhecido por ter escrito livros como 2001: A Space Odyssey e 2010: Odyssey Two que resultaram em filmes.

Arthur C. Clarke já tem quase 90 anos, mas ainda mexe. De naturalidade inglesa, continua a viver na terra que lhe conquistou o coração: o Sri Lanka. Num clique descobrimos que não ficou neutro à tragédia que se abateu em seu redor.

Sem comentário

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domingo, janeiro 02, 2005

Uma semana depois

O ano de 2004 começou e acabou mal. Tremores de terra mostraram que a natureza tem sempre uma palavra a dizer no nosso destino. A cidade iraniana de Bam ficou em torrões, agora são as costas de vários países banhados pelo Índico que têm de lidar com os destroços de uma catástrofe rara.

Entre estes dois acontecimentos , se quisermos ver 2004 pelo prisma dos acontecimentos que derramaram sangue, tivemos momentos de sobra. Uns foram semanalmente ministrados num espaço geográfico (Iraque), outros eram ocasionais (Beslan). Uns de terroristas organizados, outros de psicopátas mediáticos (Dimebag Darrell). O ano enterrou muitas vítimas.

A vaga de maremoto deixa imagem impressionantes para a história. Dói ver o mar a recuar em fúria com pessoas sem hipótese de se salvarem. Tal como no 11 de Setembro, ficámos com registos vídeo da tragédia. Será que o século XXI nos reservará gravações dos seus dramáticos acontecimentos? De certos casos sim, mas não de todos. Na manhã do 11 de Março não haviam câmaras amadoras a registar o acontecimento.

Da minha infância guardo memórias de destroços do terramoto registado no México. As crianças que agora começam a enfrentar a vida terão várias recordações piores. O terrorismo dos anos 80 e as manifestações da natureza não foram tão madrastas. A década de 90 foi amena.

Quando uma tragédia atinge parte do mundo, os países facilitam o transportar de ajudas. Estas nem sempre vão ter às mãos certas, e por vezes envia-se material que não é o mais necessário. George W. Bush agiu bem. Por uma vez usou o sinónimo coligação, não para destroçar famílias e contextos, mas para as auxiliar... na desgraça e na doença.

O sonho engana a vida

Ninguém já lê A Capital. Desde a entrada de Luís Osório para a direcção do jornal tido como regional, passei a ter algum interesse nas matérias publicadas.

Hoje, é entrevistado Edson Athayde, talvez o profissional de marketing que mais se destacou em Portugal na década de 90. Numa frase, aponta como se conquistarão as massas nas próximas eleições: "Ganha as eleições quem souber comunicar um sonho para um país combalido na auto-estima".

Não é prática só para estas eleições. Temos vindo a aturar este estado de coisas: o vazio de ideias versus um palavreado de farófias. O PS já começou a fazer-nos sonhar. Em Portugal acredito sempre, pois a esperança é a última a morrer. Agora a minha memória não é curta, e não dou rédea a quem foi incompetente no governo há bem pouco tempo. E não nos dirijam a palavra na primeira pessoa do plural, s.f.f.v.

sábado, janeiro 01, 2005

Vou nukar o jantar no microondas do emprego

Neste momento tenho o tupperware às voltas no micro-ondas, merry go round. A comida (tofu às tiras, frito, acompanhado por massas tricolores em molho de óleo-polpa-de-tomate-especiarias-ao-calhas) vai sendo alegremente bombardeada pelas tais ondas, enquanto a minha cabeça rodopia também, graças à constipação.

É triste, mas não me posso ir deitar no sofá a ver um filmito pois estou no trabalho. É verdade, feriados, fins-de-semana, tudo, assim é o carrocel laboral dos que trabalham em call-centers! Os novos assalariados são assim: trabalham de noite, de dia, de madrugada, frente a um computador (na santa trindade de periféricos teclado-rato-utlilizador), com dois telefones a olhar para mim, prontos a trriiimmmm-ar a qualquer momento.

Bem, este assalariado em especial não se pode queixar: está aqui há 6 horas, e só entrou uma chamada. E não viu nenhum filme nem dormiu porque não quis. Mas é rebelde: colocou os pés em cima da mesa! Trabalha sozinho (o volume de trabalho é, como se vê, louco) e passa o tempo a consciencializar-se que tem muita coisa para fazer (não relacionada com o trabalho, cruzes canhoto!) no horário laboral e nas instalações da empresa.

Como não lhe apetece fazer nada disso, escreve isto. E está quase a perder a modorra que o invadiu esta tarde, de tão excitante que é a sua escrita... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

O micro-gaitas fez plim! Chegou a hora de comer.

Baile parado; um burburinho levanta-se

Alto e para o baile, que agora entro eu. Vamos ver se consigo fazer um texto sem ter que usar acentos, que o teclado aqui no computador do meu emprego marou. (Sim, trabalho no dia 1 de janeiro...).

- inserir texto interessante e com piada aqui -

Bem, creio que estou incapacitado para tal. O problema pode ser pontual (do momento, estou gonztipado) ou eterno (e sendo assim resignarmo-nos-iamos).

Viva, zero acentos!

Hoje trabalha-se

Em 2004 ficámos com a sensação que as lojas chinesas triplicaram pelos nossos bairros.
Percebam um pouco mais sobre este fenomeno nos seguintes artigos: negócios asiáticos e lojas abertas dia 1 de Janeiro.