O ano de 2004 começou e acabou mal. Tremores de terra mostraram que a natureza tem sempre uma palavra a dizer no nosso destino. A cidade iraniana de Bam ficou em torrões, agora são as costas de vários países banhados pelo Índico que têm de lidar com os destroços de uma catástrofe rara.
Entre estes dois acontecimentos , se quisermos ver 2004 pelo prisma dos acontecimentos que derramaram sangue, tivemos momentos de sobra. Uns foram semanalmente ministrados num espaço geográfico (Iraque), outros eram ocasionais (Beslan). Uns de terroristas organizados, outros de psicopátas mediáticos (Dimebag Darrell). O ano enterrou muitas vítimas.
A vaga de maremoto deixa imagem impressionantes para a história. Dói ver o mar a recuar em fúria com pessoas sem hipótese de se salvarem. Tal como no 11 de Setembro, ficámos com registos vídeo da tragédia. Será que o século XXI nos reservará gravações dos seus dramáticos acontecimentos? De certos casos sim, mas não de todos. Na manhã do 11 de Março não haviam câmaras amadoras a registar o acontecimento.
Da minha infância guardo memórias de destroços do terramoto registado no México. As crianças que agora começam a enfrentar a vida terão várias recordações piores. O terrorismo dos anos 80 e as manifestações da natureza não foram tão madrastas. A década de 90 foi amena.
Quando uma tragédia atinge parte do mundo, os países facilitam o transportar de ajudas. Estas nem sempre vão ter às mãos certas, e por vezes envia-se material que não é o mais necessário. George W. Bush agiu bem. Por uma vez usou o sinónimo coligação, não para destroçar famílias e contextos, mas para as auxiliar... na desgraça e na doença.
domingo, janeiro 02, 2005
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