quinta-feira, dezembro 31, 2009

terça-feira, dezembro 29, 2009

Caridade ao Kilo

Com o passar do natal, finda-se a loucura da solidariedade e responsabilidade social. Deixa de ser "cool" ter empresas a ajudar as criancinhas, os "mais" desfavorecidos, as associações e tudo mais.

Os famosos, os média, os gabinetes de comunicação das empresas, carregam no botão de suspenção da actividade... para dentro de alguns meses, em datas "especiais, activarem com todo o empenho e ardor solidário.

Como em outras actividades, o modelo "charity" que temos assemelha-se cada vez mais ao dos EUA. Lá, há profissionais da caridade e há pessoas que vivem de fazer filantropia.

Retirados os beneficios para as associações, a caridade com mascotes e vips localizada no Natal é uma nova forma de negócio e de publicidade gratuita. É caridade ao kilo.

domingo, dezembro 27, 2009

Black Friday num fim-de-semana?

A adaptação de Black Friday do El Corte inglês, que se professa neste fim-de-semana, cai nos seguintes erros:

- A Black Friday realiza-se depois do dia de acção de graças, não no Natal;
- À Sexta-Feira, não em dois dias de fim-de-semana;
- Em Novembro, não em fins de Dezembro.
- Nos EUA, não em Portugal;

Compreendo que se realize no nosso país na data em que sucede nos EUA. Agora, aproveitar o nome de Black Friday para as antecipação de saldos, é uma parolice espanholó-portuguesa de todo o tamanho.

Chamem-lhe Red Weekend.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Save our gestores!

Para não se começar a choramingar, Há que ler o subtítulo.

"Ainda assim, executivos de topo ganham, em média, mais do que
noruegueses, japoneses e finlandeses. Em 2008, receberam ¤230 mil"

Aqui solidarizo-me com Michael Moore na sua iniciativa de caridade "Save our CEO".

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Todos os paises têm o seu famoso convertido ao islão


Os EUA têm Muhammad Ali (Cassius Clay) e os britânicos Yusuf Islam. Abel Xavier representará Portugal na liga dos VIPs que fizeram muita maluquice enquanto "garotos" e enveredaram pela luz de Alá.

Abel Xavier diz que em breve se converterá ao Islão e mudará o seu nome. Esperemos que não se fique por aí e mude de cabeleireiro.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

sábado, dezembro 19, 2009

Red Bull dá-te asas agora em Lisboa

A Red Bull Air Race mudou de ares. A CM do Porto queixa-se de forças centralistas e outras forças do norte concluiram que o problema não tinha sido criado pela própria Red Bull.

A CM de Lisboa diz que não fez pressão, o Turismo de Portugal afirma-se "alheio" à decisão.

Afinal, quem levou ou o que levou a "corrida" para o sul? Um palpite: a Red Bull e a falta de capital da zona norte para manter o evento.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

terça-feira, dezembro 15, 2009

Hiper-espírito-empreendedor precisa-se

O negócio da grande distribuição, o tal que destruiu o comércio local por opção do Estado, está a tentar que os "colaboradores" trabalhem 60 horas semanais. Estes propõem-se fazer greve no dia 24 de Dezembro.

De quando em vez, as grandes marcas de retalho tentam "descontinuar" a norma que fecha os hipermercados ao Domingo à tarde, não aplicada em Novembro e Dezembro. Um dos argumentos é que vão criar centenas, se não milhares, de postos de trabalho. Cadé esse espírito empreendedor? Em vez de carregarem mais horas, porque não contratar mais pessoas?

domingo, dezembro 13, 2009

"Resolvendo" a corrupção, chutando para canto


Após debate a quente sobre corrupção, a assembleia da república vai criar uma comissão para "estudar medidas de combate". Quando há "medidas" propostas por outros partidos que são "pouco democráticas" é preferível, para o bloco central, ir alimentando um estado de coisas "pouco democrático" que é o da corrupção e tráfico de influências.

Quando não nos interessa resolver um problema, cria-se uma "autoridade", um observatório, uma comissão ou diz-se "é preciso aprofundar o debate". O caso da corrupção é grave e é mais um chutar para canto numa república quase centenária em que a justiça é um dos maiores problemas do presente.

Cantem ou encantem, mas resolvam as situações.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Era uma vez o jornal gratuito

Que o futuro não passava pelos jornais gratuitos, já me tinha apercebido. Afinal, com a chegada dos smartphones, as pessoas vão ler/ouvir cada vez mais a informação em formato digital do que em panfletos diários de publicidade formatados com as notícias que a Lusa emitiu... "ontem". Este post reporta uma queda destes jornais.

No desaparecimento desde jornais, não acredito. Dentro de alguns anos serão um ou dois nas grandes cidades e, quando os grandes grupos de média repararem que os prejuízos nunca serão recuperáveis e que estes meios não acrescentam valor, serão extintos.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Lápis, guaches e aguarelas

Ainda é possível inovar em "lápis, guaches e aguarelas"? A Viarco diz que sim.

«Aguarela de grafite para pintura, barras de grafite aguarelável para uso em grandes superfícies e um estúdio portátil com utensílios incluídos são os artigos que José Miguel Vieira Araújo, administrador da Viarco, garante serem “inovações totais a nível mundial”.»

sábado, dezembro 05, 2009

Um parlamento de gritos

"Ainda hoje noto que Portugal tem uma maneira de fazer política mais crispada que muitos países da Europa. O primeiro-ministro, o chefe da oposição, os partidos da oposição falam uns com os outros no Parlamento aos gritos, evocando problemas de honra, evocando a mentira, a coragem, a vigarice. Nos debates parlamentares de Madrid, de Paris, dos Estados Unidos, ou até de Itália vemos que as pessoas são capazes de falar racionalmente, com bons modos e educação, sem que lhes falte energia ou têmpera."

António Barreto in i - 28.11.2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Inovar é uma palavra oca. Criar é preciso.

Ciência. Inovação. Ciência. Inovação. Ciência. Inovação.

Estas foram as palavras mais repetidas pelo primeiro ministro português na Cimeira Ibero-Americana. Palavras ocas. Não é repetindo-as que se concretizam.

As palavras têm de ser substituídas por actos. Depois de bons anos de aposta na inovação e ciência, é tempo de Portugal pôr em prática um programa que faça com que as "inovações" se materializem em empresas para vender o know-how lá para fora e criar emprego cá dentro. Em vez de o comprar, ou de deixar as patentes de invenções a serem desenvolvidas noutros países, temos de seguir o exemplo dos países que se tornaram grandes. A inovação destes não se ficou por palavras. Houve materialização.

É verdade que precisamos empreendedores, que temos empresários de gravata e poucos investidores a sério. Aí, mais uma vez, tem de ser o estado a dar o exemplo. Sim, porque o tipico empresário portugues fala mal do estado, mas sabe que é um "el dorado" para a sua actividade.