quinta-feira, março 31, 2005

Marketing BUUUUUHHHlítico

Algumas teses que mais ouvi aqui nesse pais foram as de que o povo português é burro, maledicente e sem um mínimo de bom gosto. Daí que era pura perda de tempo para fazer uma campanha política inteligente, bonita e bem disposta. Ouvi isso tantas vezes que até já estava a duvidar dos meus conceitos.
(...)

Uma das coisas que me motivou para abandonar o maravilhoso mundo da publicidade foi ter ficado cansado de tentar provar a alguns directores de marketing que esse país não é feito de energúmenos pirosos, imbecis, contumazes, idiotas orgulhosos.
(...)

A campanha do PSD foi um desastre total, um lixo absoluto, um equívoco do princípio ao fim. Do "guerreiro menino" ao cartaz do "vocês querem que eles voltem?", nunca vi algo tão mal esgalhado, tão mal parido, tão ofensivo à inteligência alheia.

Edson Athayde in DNa - 04.03.2005

O direito à mania da perseguição

Filipe Menezes será o actor principal do próximo filme de M. Night Shyamalan (A Vila, O Sexto Sentido). Encarnará a pele de um Robin dos Bosques moderno, feroz combatente e denunciador das forças do mal.

O líder da distrital de Braga do PSD tem aproveitado a campanha, que divide com Marques Mendes para a eleição de presidente do seu partido, para ensaiar:

[Houveram] "reuniões secretas para preparar a sucessão da actual liderança desde Outubro, quando ainda não se sabia de das eleições ou da crise do partido".

[Serei] "único capaz de romper com alguns grupo minoritários que têm dominado o partido"

"Ficar-se-á a saber se quem decide o futuro colectivo dos sociais-democratas são os militantes que lutam e acreditam até ao fim em todos os combates ou uma pequena pseudo-aristocracia partidária se diverte a dizimar pelas costas os seus próprios dirigentes em pleno campo de batalha".

Temos filme. Palminhas!

quarta-feira, março 30, 2005

Excelente notícia

Primeiras crias em cativeiro de Lince-ibérico

Epá, decidam-se!

"O PSD precisa de pessoas normais" mas Santana "ainda tem muito a dar ao PSD e ao País"

Dos derrotados das últimas legislativas, só o PSD está encaminhado para uma futura liderança.
Está em plena campanha interna.
O CDS continua, como se diz agora, com um tabu. Não há paz de alma que queira arriscar o seu coiro. Será que algum "notável" do (CDS) PP se iluminará depois de findada a quaresma?

Brevemente na Dois

Maçonaria acerta parceria com a 2

O primeiro programa versará a eleição da Miss Avental 2005, evento patrocinado pela Grande Loja Regular de Portugal. Vencerá a esposa do associado abrazonado que estiver mais conforme os velhos costumes de dona de casa portuguesa.



No mesmo episódio será adiantado o nome do premiado Pedreiro do Ano. O maçónico que melhor "matutar" a arte do escopro e da pedra será premiado com uma viagem à favela Rossinha onde, durante 15 dias, ajudará à edificação de casas.



Há que perpetuar a herança dos ensinamentos maçónicos.

terça-feira, março 29, 2005

Frases feitas

A casa real do Mónaco considerou o estado do príncipe Rainier "muito delicado, extremamente reservado". A esperança de sobrevivência será bem menor do que o significado que retenho da frase.

Reservado e delicado são adjectivos que, no meu entender, indicam alguma incerteza no diagnóstico e no prognóstico. Pelo que tem vindo a público, pressuponho que é quase irreversível que a sua morte ocorra em breve. Não existe grande margem de esperança.

"Extremamente reservado", será ocultar uma verdade quer seja boa ou má. Ser "muito delicado" indica requerer cuidados, mas pode, ou não, ser uma situação limite.

Hoje deu-me para embirrar com chavões.

Geo(metria) estratégica





Fotos: DN

segunda-feira, março 28, 2005

Coisas do aquém

"Baudelaire escreveu, no princípio do século XX, que a grande astúcia do diabo foi convencer toda a gente de que ele não existe. Mas não e A grande astúcia está no homem em arranjar um diabo para se desresponsabilizar, para atirar a culpa a alguém, que lhe serve de bode expiatório".

Vasco Pinto de Magalhães in Notícias Magazine 27/Fev/2005

Avaliação objectiva

Não há bem que sempre dure nem mal que não comece.

Nestes dois comentários podemos observar como é um pensador recto: os ministros da anterior legislaturas não tinham facetas negativas, tiveram azar apenas; os novos não terão qualidade à priori, dêem-lhes indiferença por agora.

Se não fosse Luis Delgado, quem nos faria rir? Recorda-me aquele menino teimoso da primária que, com discurso eloquente, faz frente à turma e que a faz dúvidar da verdade universalmente inscrita nos livros.

domingo, março 27, 2005

Páscoa feliz

Ah, não deixo passar a época pascoal sem uma notícia positiva. Há semanas, a causa cristã ganhou um fiel devoto. Os pecadores perderam um professor.

Brian "Head" Welch abandonou o seu sonho de criança e dedica-se, agora, a pregar a fé cristã. Antes era guitarrista dos Korn, uma banda de topo, banda que emergiu numa das vagas que o Alternativo e o Metal apresentaram à música comercial. Cresceu?


Não deixa de ser curioso que o americano típico não descansa até encontrar uma âncora, uma resposta a si mesmo, na espiritualidade. Cat Stevens (agora Yusuf Islam) espantou meio mundo, nos anos 70, ao abandonar o quentinho mundo pop, o dinheiro, as vaidades, para se dedicar à religião islâmica. Faz o que sente.
Hoje temos um caso muito menor protagonizado por "Head". Na Blabbermouth leio correntemente notícias sobre as suas recentes peripécias. Despeço-me desta Páscoa sugerindo a leitura de algumas.

Guitarist HEAD Quits KORN, Dedicates Life To Christianity - Feb. 22, 2005

Former KORN Guitarist HEAD: 'There's Happiness After The Anger' - Feb. 22, 2005

Former KORN Guitarist Explains Decision To Get Baptized In Israel: 'God Told Me' - Mar. 7, 2005

Former KORN Guitarist BRIAN 'HEAD' WELCH: 'I Just Want To See Kids Come To The Lord' - Mar. 9, 2005

Former KORN Guitarist: 'The Jesus Tattoo On My Hand Keeps Me From Masturbating' - Mar. 19, 2005

BRIAN 'HEAD' WELCH: 'I Was Put In KORN To Witness Every Trick Enemy Does With Music' - Mar. 26, 2005

sábado, março 26, 2005

Tsunami

Hoje passam três meses da mortandade que o maremoto asiático causou.

Também possuo memórias dos "Tsunami", mas são mais antigas.
A primeira adveio da série animada "Conan, o rapaz do futuro". Foi através dela que descobri que existiam ondas gigantescas. Conan corria, corria, em frente de uma onda titânica. Emocionante, para a criança que era nos inícios dos anos 80.



A segunda resulta do conhecimento que travei, via documentário do canal História, com um grande terramoto que se deu no mar Egeu. Cerca de 1650 a.c. uma violenta erupção destruiu parte da ilha de Santorin e a civilização que albergava. Diz-se que se geraram ondas de mais de 60 metros, que varreram as costas do mar mediterrâneo. No documentário disseram que se encontraram registos deste maremoto na Irlanda e em locais mais distantes. Foi marcante.


Oiço agora na Antena 1 que ajuda portuguesa para as vítimas do maremoto asiático vai já em 5 milhões de euros. Alegremo-nos de tão grande solidariedade. Que não nos esqueçamos dos que sofrem e pouco têm no nosso país, também.

Em época de Páscoa, relembram-se os clássicos

Lá por terras de Viseu é badalada a perseguição aos pecadores. Há um bando de justiceiros que amedrontam os que ousam praticar obscenidades na sua comunidade. Pessoas que têm práticas sexuais diferentes.

Viva os brandos constumes. E já agora, a interpretação que o Homem fez dos princípios do JC. Intolerância à cabeça...

sexta-feira, março 25, 2005

Festa é festa!



Nas Filipinas, a Páscoa sauda-se de forma extrema. As imagens que nos chegam todos os anos são de flagelações e recriação de crucificações. Provavelmente é um fenómeno pequeno nas mil ilhas que constituem o arquipelago outrora espanhol, mas é a notícia que preenche a parte o secção de notícias bizarras.

Uns crucificam-se, outros arrastam-se de joelhos.

Circo solarengo

O palco circense, tal como frequentávamos quando em pequenos, perdeu o interesse.

Como qualquer manifestação artística que não se renova, entra na banalidade e gera menos emoção, satisfação, complitude no público.

Hoje à tarde, A Dois passa um dos vários espectáculos (Varekai) que a companhia canadiana Cirque du Soleil criou. Fiquei maravilhado ao ver, no 60 minutes, uma reportagem sobre as suas produções.

Afinal, o circo não morreu. Infelizmente não existem muitos produtores que consigam quebrar as barreiras que fazem dele uma arte menor. Poderão faltar apoios mas sem criatividade não há produto que garanta qualidade e consequente visibilidade.

quinta-feira, março 24, 2005

A direita nunca existiu

"O problema é que a 'direita' em política é uma invenção da esquerda. Antes da Revolução Francesa não existia essa divisão do espectro político entre esquerda e direita, que hoje achamos tão natural. Tem o significado que a esquerda desde o princípio lhe deu de um lado - à esquerda, claro - os amigos da Humanidade, do progresso e do futuro; do outro, os últimos redutos de um passado tremendo, os defensores dos privilégios de uns poucos contra os direitos e as legítimas aspirações dos muitos. (...)

200 anos de propaganda fizeram o resto: para a opinião que em geral se publica, nada do que acontece de politicamente mau deixa de ser imputado à 'direita', incluindo os desmandos de toda a espécie de socialismo, no presente e sobretudo no século passado, incluindo o nacional-socialismo, ou a defesa da ortodoxia comunista. (...)

A 'direita' foi e será sempre o que a esquerda quiser designar como tal. Só por desafio alguém se intitula "de direita". A "direita" não existe e nunca existiu como entidade filosófica ou política autónoma. O que existe é o Bem e o Mal, as verdades e as mentiras. O resto são arranjos partidários. Podem fazer muita falta. Mas são apenas arranjos partidários."

Miguel Freitas da Costa in DN de 15/03/2005

O alentejo ainda vai ser nosso outra vez!



Foto: DN

quarta-feira, março 23, 2005

[Ângulos de abordagem] - Obesidade Infantil

Portugal é campeão da obesidade infantil - Metro

Obesidade é alarmante - Destak

Temos os filhos mais obesos - DN

Obesidade afecta mais crianças portuguesas - Correio Manhã

Mais de 30 por cento das crianças portuguesas têm excesso de peso - Público

P de palhaçada

"É um exercício de lógica simples: se, por Freitas fazer parte do Governo de José sócrates, o CDS envia a sua fotografia para o PS, então, por ter feito parte daquele Governo de Santana Lopes, Portas merecia que o partido enviasse o seu retrato para o circo Chen".

RAP in Visão de 10 Março 2005




A propósito, segundo o Público de hoje, o retrato maravilha já chegou ao Largo do Rato.

China vs. Taiwan

Quem fará frente à China, caso decida usar meios belicistas contra a "ilha formosa"? Já sabemos para que lado o braço vai cair.

É nestas ocasiões que se vê que o preço da dignidade e os valores humanos
perde quando confrontado com os interesses económicos.

Ok, a China tem um poderoso arsenal militar, desrespeita os direitos humanos, mas... tem um mercado que qualquer país não se atreverá a ignorar. Assim sendo, não acredito que EUA metam o bedelho entre David e Golias. Iraque, Kuwait, Afeganistão foram outras histórias...

terça-feira, março 22, 2005

Satélite tecnológico

Pelos vistos o nosso satélite, o PoSat, ainda se mantém na atmosfera. Ninguém já se refere ao nosso "frigorífico" espacial.

Vistos que entrámos na era tecnológia, peço encarecidamente ao Eng. Sócrates que o inclua no plano de governo.

Finesse ou algazarra?

Impedir o corropio de cumprimentos e a entrada dos portugueses também não parece muito acertado. O Governo é nosso, de todos.

Luis Delgado in DN 14/03/2005

A forma como decorreu a posse do novo Governo foi uma lufada de ar fresco. Sem beija-mão - cerimónia primitiva e quase grotesca que se arrastava durante quase três horas - e com "lei seca" - só o primeiro-ministro falou, impedindo a habitual algazarra dos empossados, onde frases ocas se misturam com exibições pueris de estados de alma.

Duarte Lima in DN 18/03/2005

segunda-feira, março 21, 2005

Um arranque à esquerda?



BD: Níquel Nausea / DN

Lê-se: "O carro está puxando para a esquerda"

Os 16 de Sócrates estão na Assembleia da República. O debate do plano de governo.
Arranca assim mais uma legislatura.

"Pouco pão e algum circo"

Houve alguma animação económica estimulada pelo Euro 2004 e os seus efeitos positivos sobre a actividade turística, mas em seguida a vida económica abrandou até ao fim do ano. (...)

A crise, a verdadeira crise, está a se concentrar no mundo das fábricas, da indústria, da construção e de algum comércio a retalho. A banca e as grandes superfícies comerciais respiram dinamismo e exibem lucros vistosos, os serviços passam ao lado da crise. (...)

Os sinais de mudança têm de ser claros: as exportações têm de crescer mais do que as importações. As indústrias têm de se tornar mais competitivas, o consumo do Estado e das famílias tem de ser moderado, para poder ser positivo e gradual por um longo período. Senão, só em 2007, com o Europeu de Futsal, é que tempos um minúsculo fogacho de pão e circo.

António Perez Metelo, DNnegócios 14 Março 2005

domingo, março 20, 2005

sábado, março 19, 2005

Ficção e realidade

"Na ficção o que mais me fascina é a forma de procurar uma mentira. No documentário é o oposto, atrai-me o principio da verdade"

Miguel Gonçalves Mendes in DNa, 04 de Fevereiro 2005

sexta-feira, março 18, 2005

Música portuguesa?

"a música não morreu, as expressões populares não morreram. Sou a favor do registo da memória para depois mandá-la para o futuro".
Manuel Rocha, Brigada Victor Jara

É o que acontecerá graças a um documentário produzido por Ivan Dias da Duvideo a ser emitido na RTP.

A série tem por base o trabalho de Michel Giacometti, etnomusicólogo a quem se deve a recolha de sons da música regional portuguesa no século passado. Regressa aos locais que ele visitou quando da realizava, há três décadas, o programa "Povo que Canta".


A equipa da Duvideo foi ter com as populações que Giacometti contactara, comparando e avaliando mudanças e/ou permanências nas musicalidades dos cantantes de "tocantes".

É serviço público de qualidade. É lucro que faz mais pela divulgação de nós, do que dezenas de mestrados que empoeirados ficam nas bibliotecas universitárias. Como salientou Ivan Dias sobre Manuel Rocha: "a sua grande facilidade em chegar a estas pessoas. Levou sempre o violino e tem pontos comuns com as pessoas e, por isso, foi muito mais além do que os nossos etnomusicólogos que fazem recolhas científicas".

Só mais um

"«Porque não assumirmos então que somos humanistas e livrarmo-nos da ideia de religião?», pergunta Anton na sua Bíblia Satânica. A resposta é apontada logo a seguir: «O homem precisa de cerimónias e rituais, fantasia e encantamento». Ou seja, apesar de criticar os dogmas da maioria das religiões, LaVey também precisa deles para afirmar a sua teoria."
Notícias Magazine de 27/02/2005

Pela boca morre o peixe.
Anton laVey, e seus crentes, negam os valores e práticas da Igreja com que cresceram (a cristã) pois dizem que reprime a essência animalesca do Homem. No entanto, regem-se pela mesma bitola e não fazem o esforço, humano, de recusá-los.

É só mais um culto.
Um culto tipicamente americano, iniciado por um indivíduo carente de protagonismo e poder mas com sageza de retórica e carácter talhado para a conquista de alminhas. Há quem seja mesmo bom a vender o seu peixe, a sua "verdade".

Ideias de Nietzsche e Maquiavel e o anti cristianismo são as bases da sopa "satânica". Os associados da Church of Satan, afirmam utilizar a palavra Satã à luz do seu significado em hebraico: o adversário.

Dizem-se contra a crença e veneração de diabinhos e anjinhos, não acreditam em nenhum deles. A energia é o pão e o sangue da sua "congregação". Reikki? Wicca? Sim. Hoje em dia estão na berra, tal como estiveram no pós II Guerra Mundial.
Usam magia de contágio e acreditam que a linguagem Enochian, criada por dois "iluminados" escritores medievais, é a mesmo em que entidades celestiais se exprimem.

À compaixão do cristianismo contrapõem o "olho por olho, dente por dente". Muito macho e evil, mas pouco humanista. Registe-se que humanismo e individualismo são conceitos que fundam este culto. Que seria de um humano isolado? Sem se relacionar, quanto tempo fica vivo? Somos um animal social. A humanidade é um colectivo.

Individualismo como respeito? Respeita o próximo se queres que ele te respeite. Reagir, vingar não é sinal de sapiência, mas de primitividade que apenas leva ao conflito aberto. Ignora antes as pessoas e os factos que aches inúteis e sem valor.

O longo do processo de recusa e questionamento dos dogmas da igreja tem sido acompanhado por vagas de fascinados pelo chamado oculto. Na alvorada da cultura pop surgiu a Church of Satan de laVey. Seguiram-no, os indivíduos que, pelas décadas de 60 e 70, procuravam uma forma de ser que preenchesse a falta de crença e de pertença a algo que tinham. Sentiam-se atraídos pela emergente cultura do esotérico (livros) e do terror (filmes). Nas décadas seguintes passa a ser o panorama musical a fonte de "recrutamento" de jovens para este grupinho de gente que apenas quer ser diferente.

A Church of Satan é um culto recreativo, um autoritarismo como qualquer e com a sua ânsia de provocação consegue ter tanto ou mais de performance e contradições do que o próprio monoteísmo. Outros farão cultos em redor do “espectáculo” Cavaleiros dos Templários.

Enquanto o humano for um ser racional procurará amenizar os seus medos pela crendice, misticismo e ritual. Consciente ou inconscientemente. Se criticá-los é ser-se seduzido pelos seus instrumentos de evangelização, vou ali já venho.

quinta-feira, março 17, 2005

Freitas no governo? Cruzes canhoto!

A escolha do responsável pela pasta dos Estrangeiros constitui, objectivamente, um erro. Um erro porque recai sobre quem põe em causa a relação de Portugal com o seu principal aliado. (...)

Quando os dois governos da anterior maioria foram anunciados sucederam-se as críticas e os comentários negativos. Apetece agora dizer, quando vemos o comportamento do Eng. José Sócrates e a composição do seu Governo, que já começamos a ter saudades desse passado.

José Matos Correia in DN de 14/03/2005

O voto é bússola para o caminho das relações externas. Se Freitas do Amaral defende deixarmos de parcerias para a guerra com Bush, a maioria dos cidadãos tem aprovado em sondagens... e nas legislativas. Há uma ano, Espanha escolheu um rumo diferente. O país não perdeu com decisões contrárias a filósofos das relações internacionais.

Mude-se para o arquipélago Madeira. Dizem as crónicas que lá reside uma das últimas colónias, da Europa, de politicos politiqueiros da laia de Santana Lopes. Saudades do passado? Saudosismo ou sadismo?

Pálido?

"O cantor pop compareceu no tribunal sem os seus seguranças, mostrando-se pálido."

in DN de 11/03/205

Memória curta

Ao que parece Santana Lopes já confia nas sondagens e delas vai depender a sua recandidatura à presidência da Câmara de Lisboa:

Pedro Santana Lopes só não será candidato à Câmara de Lisboa, nas autárquicas de Outubro, se não quiser. Ou se as sondagens "forem miseráveis", na expressão de um dirigente nacional do PSD ouvido pelo DN.

in DN de 16/03/05

Devemos relembrar que o nosso ex-Primeiro Ministro ameaçou processar as empresas de sondagens: «Ou se vem a confirmar as previsões que são feitas nas sondagens, e nós saberemos reconhecê-lo se assim for, ou, desta vez, se tal não vier a acontecer, as responsabilidades vão ser pedidas», advertiu. Frase proferida por Santana Lopes durante a fase de campanha para as legislativas.

Energias

"É um método mais limpo porque só emite vapor de água e, sendo uma tecnologia electroquímica, não emite ruído."

Se os países árabes continuam a ter condições para o domínio das energias fosseis, Portugal tem-nas para o domínio das energias renováveis.

Sol, água, vento. Conseguiremos gerir esse manancial de forma a traduzi-lo em receitas e num país melhor?

[Ângulos de abordagem] - Sexo

Somos viciados em sexo - Correio da Manhã

Cinco por cento dos portugueses dependentes de sexo - Diário de Notícias

quarta-feira, março 16, 2005

Mitos amaricanos

Martha Stewart, a amiga da fada do lar americana, regressou à sociedade.
Com um império dedicado ao bricolage, teve o "azar" de ter mentido em tribunal sobre negócios de bolsa. O Sr. Juíz não lhe perdoou e "estabeleceu-a" por 5 meses na prisa. Cumpriu-os na prisão federal de Alderson, Virgínia Ocidental.

Na semana passada reiniciou a sua vida. Uma nova fase: a de Maria ex-pecaminosa, abençoada pelo Espirito Santo e de grandeza reconhecida pelos seus pares humanoides.

Nos EUA, se a figura pública tem boas connections, bons profissionais a trabalhar a sua imagem e lucro, e cabecinha no sítio, ergue-se sempre. Os que passam pela exclusão, os que pecam aos olhos do país, restabelecem-se e tornam-se icons: seres que palmilharam-vida-tortuosa mas que, após uma crise, foram iluminados de sabedoria, bondade e sensatez.

Medalha ao peito, a todos fica bem

Manda o costume que o último acto público do ministro da Defesa seja proceder a decorações.
Dia 11 de Março, atribuiu medalhinhas a ilustres personagens como Bagão Félix, Adriano Moreira, Frank Carlucci, e a nomes não menos desconhecidos como José Ângelo Correia, Manuel Correia de Jesus, Marques Júnior, José Nogueira de Brito, Nuno Brito, João Rebelo e Maria do Rosário Ventura. Políticos dentro do PS, PSD, independentes mas maioritariamente do CDS.



Condecorações à descrição, sem sabermos os motivos porque foram escolhidos estes senhores/as e não outros. Por exemplo, que terá feito Bagão Félix pela defesa nacional? Será que cumpriu o serviço militar obrigatório no ultramar?

Certamente que todos se sentiram mais ilustres com tão bonito "pedaço de honra" ao peito. Muitas felicidades para eles.

terça-feira, março 15, 2005

Tommy Vance e John Peel

Em poucos meses as ilhas britânicas perdem dois "senhores-rádio" que fizeram muito pela música anglo-saxónica.

John Peel morreu durante umas férias que passava no Peru. Na semana passada foi Tommy Vance a não resistir à ternura dos 60 anos. Ambos foram traidos pelo coração.

A crise veio para ficar

Portugal Telecom duplica lucros em 2004

Resultados líquidos da Sonae SGPS sobem 68% em 2004

Impresa regista em 2004 primeiros lucros em cinco anos

Águas de Portugal aumenta lucros para melhor valor de sempre

Economia portuguesa volta a entrar em recessão técnica

segunda-feira, março 14, 2005

La mala educación

Na quinta feira, Artur Pizarro assinalou os 25 anos de estreia no São Luiz com um recital. Na primeira parte, o primeiro telemóvel a tocar obrigou-o a parar e a ter de voltar ao início da composição. Mas conseguiu-se sobreviver até ao intervalo. com mais um telefone a ouvir-se pelo meio. Após o recomeço, um terceiro telemóvel começou a tocar. E deixaram-no tocar até chegar à caixa de mensagens. Em simultâneo, Artur Pizarro disse: "Quando decidir atender, eu volto." E saiu. Mas não voltou. Em seu lugar veio Jorge Salavisa, director artístico do São Luiz. "Este era um recital muito especial para o Artur Pizarro. Pelo que aconteceu, ele não vai voltar ao palco." E acabou assim.

Pedro Calhau in Metro de hoje



O comum grunho portuga poderá achar desajustada a atitude daquele que é considerado dos três melhores pianistas portugueses vivos. É uma alarvidade, pagar para ver um espectáculo e ser-se o espectáculo arruinando-o.

Há que fazer frente à má formação com penalização. Que se deixem concertos a meio se não houver condições para prosseguir. Por um pagam muitos e esse "um" deveria ser chamado à responsabilidade sendo posto fora do auditório ou pagando o bilhete dos outros. Lições para a vida.

É curioso que este tipo de atitudes resista numa plateia "distinta". Nos cinemas temos sempre o(a) engraçadinho(a) que recebe a chamada da mamã a perguntar o que quer de almoço para o dia seguinte, do amigo que quer combinar a disco pós-cinema, etc. E tem razão, já não vejo a informação a passar antes do filme: "desligue o telemóvel".

Bastava tomar medidas como em outros países europeus: instalar nos "teatros" sistemas que indisponibilizem a rede.

Novas cores em velhos cargos

Com o governo empossado, começa a dança das cadeiras. Desta vez, os que trajam de fatinho laranja largam o cargo em prol dos de rosa vestido.



Ei-los que partem
novos e velhos
buscando a sorte
noutras paragens
noutras aragens
entre outros povos
ei-los que partem
velhos e novos

Manuel Freire - Ei-los que partem




Arranja-me um emprego,
pode ser na tua empresa, concerteza
Que eu dava conta do recado
e pra ti era um sossego


Sérgio Godinho : Arranja-me um emprego

domingo, março 13, 2005

Auschwitz?

Terminei há pouco o visionamento da série Auschwitz: The Nazis and the 'Final Solution'. Os episódios foram dando na noite de terça na 2, e vi-os retardadamente em gravação.



Pela primeira vez sigo uma série de que dá uma riquíssima gama de pormenores sobre o horror praticado pelas SS e pelo partido Nazi. Nem filmes, nem séries sobre a segunda guerra que fazem de Auschwitz um pormenor de 5, 10 ou 20 minutos chegaram tão perto de um assunto que ainda tem muito por investigar.

O documentário é uma produção da BBC. Continua imparável na divulgação da história da humanidade, e não se restringe aos "acasos" ingleses.

Fáfá de Nitéroi se sente machucada

"Desrespeitaram a minha dignidade pessoal e política. Atropelaram a vontade democrática de um concelho que ainda hoje sente e vive o reflexo da minha ausência."
Fátima Felgueiras in GR

sábado, março 12, 2005

To State or not to state

Nicolau Santos, na sua crónica semanal da Antena 1 (quartas de manhã), deu algumas pistas de como o Estado se manifesta num país como a Suécia.
Dos 7 milhões de habitantes, 1200 mil trabalham na administração pública.

Em Portugal, muito debatemos, pouco avaliamos, e quase nada nos responsabilizamos. Nesse cirandear de "teologias" de governar está o degladiar esquerda-direita sobre o papel do Estado na nossa economia. Deverá ter poder e dinamismo suficiente para bem servir(esquerda) / deverá ter pouco peso sendo distribuido boa parte do poder e responsabilidade pelos privados (direita).

Desde os anos 80, escolhemos governar pela segunda, a corrente económica mundial. O exemplo dado pela Suécia não invalida a primeira. Não acreditemos então nos medos que certos partidos nos incutem que um país só progride com uma economia de empresas privatizadas.

Não "exageremos"

Portugal é um país feito de metades uma sempre deprimida - que tende a crescer - e outra desinibida, que tende a exagerar. É o nosso fado.

Luís Delgado in DN 03/03/2005

sexta-feira, março 11, 2005

Socrates, o matemático!



Este Governo é composto por um grupo um pouco diferente do que talvez estejamos habituados a ver... Quanto a mim a côr partidária não interessa, eu acredito nas pessoas. Assim espero que estas pessoas mereçam a nossa confiança.

O que eles vêem

"O último DVD que vi foi o do Gato Fedorento. Devo dizer que achei divertidissimo, tirei muitas ideias para discursos políticos."

António Vitorino in Antena 1 - Maria Flôr Pedroso Entrevista

Carcaça ou herói?

Como nem tudo é belo, situações de conflito geram mortes indecentes e inocentes. Semanalmente morrem centenas de iraquianos em ataques terroristas. Se ainda há uma semana num só atentado foram despedaçados 125 corpos, ontem foram 45 que padeceram em Mossul. Conquanto, o mundo ocidental dá mais significado à morte de um agente secreto italiano. Como a digere? Promove-o a herói, a martir.

"Nicola Calipari mergulhou para cima de mim para me proteger e, imediatamente, e quero dizer imediatamente, senti o seu último suspiro quando ele morria sobre mim" disse Giuliana Sgrena, refém momentos antes.

A morte deu-se à passagem por um posto de controlo do Exército americano. A jornalista ficou ferida na clavícula e pulmão esquerdo e o agente dos serviços secretos Nicola Calipari, ao protege-la com o corpo, foi desta para "melhor" com um tiro na cabeça.

Para o comum cidadão são mortes trágicas. Para o responsável pelo envio de tropas, além de trágicas são indesejáveis. Não podem passar sem justificação, mortes que se deveram a opções de política externa e/ou interna. Fazem então o apelo à dimensão não palpável: os valores, a honradez, o divino.

Giuseppe Pisanu, o italiano Ministro do Interior, disse "estou certo de que os italianos honrarão a última contribuição para a nossa segurança, paga com dor e sangue pelos serviços secretos" outros dizem, em tradução livre, "a sua morte não foi em vão". São palavras que equivalem a 0 (zero) ao ser que perdeu a vida, mas também aos que não se revêem na abordagem ao problema Iraque. Talvez se sinta mais apaziguado, quem acredite na doce imagem da recompensa para "os bons": o além.

Para quem gere os problemas com armas, as vidas perdidas dos outros que o servem não são em vão. Sentadinhos nos seus gabinetes ou no tronos, reis; democratas; despotas ou ditadores geriram, e gerem, os suspiros dos seus subalternos. Raras vezes dão o corpo às balas.

Nicola Calipari fez o que um agente de segurança das suas características está treinado para fazer: tapou quem protege com o seu corpo. Acabou por morrer. Foi um acto profissional sem mácula, mas também um acto humano incrível.

O seu corpo, a sua carcaça foi recebida em Itália com emoção. Será condecorado a título postomo. Se fosse americano, as reacções seriam mais efusivas: multiplicariam-se em rituais em sua honra. Entre a Europa e o país "grande" do outro lado do Atlântico existem formas diferentes de manifestar o desagrado pela morte de um compatriota. Espanha não aceitou que um atentado de grande magnitude ficasse sem ser uma lição. Responsabilizou a política externa do seu governo: o apoio a uma guerra "preventiva" no Iraque. Não foram mortes heróicas, mas alteraram o curso da história.
Assim vamos conVivendo...

Festival da Eurovisão

Hino de Santana muda de letra e representa Portugal

Seria cómico, não seria?

quinta-feira, março 10, 2005

A natureza do mal

"O mal é o bem mal usado: é a ausência de bem e vem da liberdade mal usada."
Vasco Pinto de Magalhães in Notícias Magazine 27/Fev/2005

Inicia-se hoje a X Legislatura

Já diziam os antigos...

"Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar"
Gaius Julius Caesar (100-44 AC)

Ângulos de abordagem

Elas lideram no uso de sedativos, eles no álcool e 'cannabis' - DN

Elas drogam-se mais - Correio da Manhã

quarta-feira, março 09, 2005

Temos pena (!)

Prisa questiona a venda da Lusomundo

Sejamos patriotas, pelo menos na venda de grandes empresas portuguesas.
Quando um concurso é feito nos reinos de Espanha, dificilmente os consórcios nacionais conseguem vencer devido a uma descarada "unha negra". A unha do seu patriotismo.
Portugal não protesta, Espanha finge que tudo foi normal.

Desta vez, chuchem no dedo!
Estejam descansados que, nos próximos anos, a PT não vos escapa...

Santana Lopes tem um tabu









Ainda não clarificou porque motivo encarquilham os seus últimos cartazes de campanha.

terça-feira, março 08, 2005

Extrema direita radical

Mas também este dirigente [Franscisco Paulino - presidente da distrital de Faro do CDS] assume um tom crítico quanto à decisão do secretário-geral. "O CDS é um partido democrático que não pratica atitudes extremistas"

Unicer na crista da onda

Sempre à frente, no lançamento e também no lucro, a Unicer vai injectar no mercado a Super Bock Twin, aquela que será a sua cerveja sem álcool.
No ano passado tinha sido a Green, em 2003 foi a invasão da Stout...

E assim nasce uma militante



Para provar que o PCP irá sobreviver por muitos e longos anos e que serão as mulheres a fazer por isso, aqui está esta pequenita de punho erguido em prol do Partido Comunista Português.

Avancem vocês



Ferreira Leite recusou ser, mais uma vez, o cordeiro de sacrifício do PSD.
O próximo presidente do PSD, terá a mesma tarefa de Ferro Rodrigues: aguentar pancada durante dois anos.

Pode-se dizer cobras e lagartos sobre Manuela Ferreira Leite, mas certo é que é das pessoas envolvidas na política que nos ultimos anos mais penou pela sua firmeza. Firmeza que falta a muitos, mas que deveria fazer parte de todos os políticos. De fala baratos estamos fartos.

A ex-ministra já teve o seu momento de sacrifício pelo partido. Que se cheguem à frente agora, os que em seu nome muito gozaram.

segunda-feira, março 07, 2005

Aulinhas do Presidente Sampaio para políticos "principiantes"

"São precisas opções. Não podemos fazer dez coisas ao mesmo tempo, temos de nos concentrar em duas ou três que podem mudar a face do país (...). Não podemos mudar as prioridades todos os dois anos ou todos os quatro anos. As prioridades estratégicas são para dez anos"

Para português, meia palavra basta

Tony Vitorino (imagem do contra informação) vai assumir o cargo de deputado. Rejeitou ser ministro e com razão, os (bons) ministros estão constantemente sob ataque da imprensa (partidária).

A Francisco Lopes (CDU), Francisco Negrão (PSD), Fernando Rosas e o próprio Tony Vitorino foi pedido, por um orgão de imprensa regional, que explanassem as suas ideias principais distrito pelo qual seriam eleitos: Setúbal. Entre outras frases, Tony debitou esta:

"A complexidade das sociedades contemporâneas e a multiplicidade dos desafios que se lhes colocam, obrigam-nos a aliar permanentemente direitos e deveres a exercer uma ética de serviço público. Elevar a qualidade da nossa democracia implica fazer dos sistemas de justiça e de segurança instrumentos ao serviço de uma plena cidadania, com o alargamento dos mecanismos de participação dos cidadãos."

in Noticias de Almada 18/02/2005

Dir-se-ia numa frase o que sugeriu em várias: "Melhorar o serviço público, justiça e segurança para fazer com que os individuos se envolvam novamente na sociedade pela cidadania".

O seu parágrafo de principios é cara chapada do PS-campanha: ideias vagas, eloquência, imagem quanto chegue para derrotar um governo PSD-CDS auto-descredibilizado em 6 meses.
Para Setúbal, Tony Vitorino apresenta o que poderia afirmar para o Castelo Branco ou para os Açores. Durante o texto, para não parecer mal, fez referências ao distrito que encabeçava. Falou nos estuários do Tejo e Sado. Poderão dizer: "Ah e tal, querias o quê? O xotôr Vitorino esteve a muito ocupado na UE a representar Portugal. Não pode estar a par de tudo!"

A realidade é que, neste momento, para português meia palavra basta. Para quê complicar? Para quê fazer o trabalho de casa? Para quê apresentar propostas contextualmente justificadas? A estratégia do "apresenta pouco - mas sorri muito" resulta sempre. Assim "habituados" estamos: exige pouco, sê porreirinho.

No mesmo artigo do jornal, Francisco Lopes e Fernando Rosas mostravam estar por dentro dos assuntos do território que iriam representar na assembleia. Fizeram o mínimo que devia ser feito. No final da história foi Tony Vitorino que levou grande parte dos deputados.

Frio?



Ironia pré-primavera.
Na semana mais fria do ano surgiu nos "mupis" uma publicidade com uma tipa bem descascada.

Ironia pré-outono.
Em Setembro ainda se havia calor para andar de t-shirt. Recordo-me de nos "mupis" ser exposto um anúncios com roupitas bem quentes!

Pelos vistos as empresas de marketing ainda não recorrem ao serviço de tarólogas, ou astrologos africanos, para saber o tempo que estará nas semanas seguintes.

domingo, março 06, 2005

O retrato do "Adamastor"

O CDS fundado na conturbada arruaça que foi o 25 de Abril , já não existe.
Os membros do legado são já outros. Não preservam o nome, os ideais também não e querem agora desfazer-se, à boa laia radical, da sua identidade. Como meninos de fiéis sentimentos que são, querem enviar o retrato de Freitas do Amaral para o Largo do Rato.



Não será a última vez que veremos birrinhas democráticas cristãs. O CDS PP ganha nova identidade. Já foi de direita, das feiras, já foi estadista, revolucionário, dos trabalhadores, agora é autoritário para outras formas de pensar. Cristianismo a mais naquelas cabecinhas?

Ser tolerante e aceitar que toda e qualquer pessoa pode mudar de pensamento no decorrer da sua vida, são conceitos muito racionais para os senhores que ainda pagam a água e luz do Largo do Caldas.

Santa Maria...

Gasolina em teu Ventre!
Aaaah... como eram bonitos os nomes das bandas dos finais da década de '80
Mão Morta, Zé Manel Suicida, Ena Pá 2000, Jardim do Enforcado, K4 Quadrado Azul, Mler Ife Dada, Ocaso Épico. Outros tempos.

Consultem este curioso sítio.

sábado, março 05, 2005

A aflição

A invasão

Morreu Matos Maia.

Foi um dos responsáveis por um episódio caricato na história da rádio em Portugal. Adaptou "A Guerra dos Mundos" de Herbert G. Wells na RR em 1958. "A Invasão dos Marcianos" causou polémica, e deu-lhe três horas de carcere.

Tempos idos esses em que a rádio era arte polémica...

sexta-feira, março 04, 2005

O governo tem complexos de esquerda

"Com esta vitória cai um velho mito da política portuguesa: de que só a direita podia ambicionar ter uma maioria no Parlamento, e fica desfeito o mito de que era irrealista o PS sozinho conseguir uma maioria absoluta"

As palavras proferidas por Sócrates após a vitória de passado dia 20 de Fevereiro são as primeiras, que eu tenha ouvido, em que, pela direcção política que dá a outro partido, nos faz ver de que quadrante político não é. Não diz convictamente se quer um rumo menos à direita ou mais ao centro-esquerda.

A esta hora, José Sócrates encontra-se reunido com o Presidente da Républica. Vai dar a conhecer a sua equipa para os próximos quatro anos.
Se é de esquerda, direita, vertical ou horizontal, já pouco me interessa. Que faça boa gestão dos dinheiros públicos e que favoreça os que menos têm.

Directamente do Largo do Rato



José Sócrates continua a fazer escolhas para o seu governo.
Parece estar perto de garantir um círculo coeso.
António Vitorino grita já de entusiasmo.

quinta-feira, março 03, 2005

A Endemol ainda não se lembrou...

... mas até que ficava bem programa como o este no prime-time das nossas TVs privadas.
Imaginem, Manuela Moura Guedes a ser submetida a um exorcismo!

Habituem-se!

Ai o Código Da Vinci foi destornado da liderança da tabela de vendas?
Edita-se o primeiro livro de Dan Brown e a poleposition será novamente nossa! Pensarão os estrategas da Bertrand.

"Anjos e Demónios", pouco vendeu há dois anos. A sua tradução em português, está à venda a partir de hoje.

quarta-feira, março 02, 2005

Dá-lhe com a alma

Ora, ao contrário do que sustentam os socialistas e os analistas, o eleitorado português não apostou na mudança. É conservador, corporativo e retrógrado. Essa é a estabilidade que pretende lhe seja garantida.

Vasco Graça Moura in DN, 23 Fevereiro 2005

Vida civil

A falta de mobilização sociedade civil é apregoada pela classe política, e académica, como um dos males da comunidade lusa.

Um dos chavões da demagogia governativa é "queremos que o cidadão volte novamente a lutar pelos seus interesses, participando nas decisões com voz activa". Nada mais perigoso para o lobbie que é todo e qualquer grémio que disputa e pretende perpetuar o poder.

Como sou defensor de que para atingir objectivos temos mesmo que agir, e não ficar especado no banco de jardim a dizer mal de tudo e todos, apoio o gesto de uns portugas que decidiram blogar contra o "desmanche" do Cinema Europa. Eis o blog:

http://soscinemaeuropa.blogspot.com

terça-feira, março 01, 2005

Radiofonia astrológica

Professor Bambo engana a Média Capital Rádio

Adeus Sexy Hot, olá Vénus

Terá a sua graça, quando o Sr. Antunes e o Sr. Amâncio, rebarbados e acérrimos seguidores do canal cabo de sexo, descobrirem os seus novos conteúdos.

"Uma das apostas do canal será a emissão de conteúdos dirigidos ao público homossexual".

A sério, vão notar a diferença.

O país treme

De facto não sei se o país treme, o que sei é que as pessoas tremem... O dia de hoje, quero relembrar que estamos a 1 de Março, acordou com as temperaturas mais frias deste Inverno. O record foi batido pelas Penhas Douradas com, nada mais nada menos do que, 13 graus negativos. Por isso meus compatriotas AGASALHEM-SE, vão buscar as luvas, o gorro e o casaco mais quente que tiverem porque lá fora está mesmo frrrrrio.

Nem ele se cala, nem se cansam de falar dele

"Santana Lopes, enquanto líder partidário e primeiro-ministro, teve essa ilusão: de que poderia exercer o poder adoptando o estilo romanesco do cavaleiro solitário. A imagem do "guerreiro-menino" que Pedro Santana Lopes aceitou para si não é desprovida de sentido: se há algo que marca o seu percurso errático nos últimos sete meses, é uma supreendente mas devastadora coligação entre a coragem e a imaturidade"

Miguel Coutinho in DN 23/02/2005