quarta-feira, janeiro 31, 2007

Já votei

... no Pior Português

À semelhança da primeira volta, Valentim Loureiro ganhou um voto mais para a sua candidatura a "Personalidade que encarna as piores qualidades do povo português". A concorrência é forte e de "qualidade".

Já para outra votação "Que político / personalidade mais contribuiu para a ruína do nosso País?" votei no Cavalo do Infante D. Afonso filho de D. João II. Os problemas de Portugal são centenários, não têm causas num regime salazarento, nem numa contenda novecentista soturna, nem muito menos numa autoristocracia pombalina. Devem-se ao facto de termos tido um império mundial de apenas 25 anos. O príncipe D. Afonso era filho de D. João II e de uma linhagem de governantes que prepararam tudo para a criação de um Portugal rico e bem gerido. D. Afonso morreu e o trono "salta" para D. Manuel. Este recebe os louros e o seu filho D. João III afunda o império. Menos de um século depois somos uma província espanhola.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Souvenir... literário


A Índia não nos dá só especiarias, produtos baratos ou serviços com boa relação qualidade-preço.

Dá-nos também doutoramentos Honoris Causa de categoria. Veja-se Cavaco Silva que já os colecciona. Viajou como presidente e cotado economista, e veio com um canudo doutoramento Honoris Causa em... literatura.

Estamos todos de parabéns e orgulhosos.

domingo, janeiro 28, 2007

Mandamentos

Ao ouvir o programa de Domingo de Pedro Rolo Duarte na Antena 1, que actualmente entrevista bloggers, deparo-me com um tema interessante para discussão.

A entrevistada, Miss Pearl (ainda não descobri o blog, como tal não está em link), diz que teve outro blog que foi apagado e que deu origem ao seu novo espaço. Diz que é exemplo de uma das leis de blogs que Dr. Pacheco Pereira diz existir.

Não sabia que havia legislação de blogs. Apagar um blog e criar outro não é uma lei, é um sinal de inconstância na vida e na presença na internet. Muitos blogs são criados dia a dia para serem abandonados meses depois, qual brinquedo novo.

Compreende-se esta "lei" vinda de quem vem. É uma constância do pensamento de Dr. Pacheco Pereira ou de outros ilustres das nossas "elites". Tanto está num lugar, como deixa de estar. Tanto tem a vontade de implementar um pensamento, como estar a dizer que não o afirmou.

A vida é volátil e a preserverança não é benquista.

sábado, janeiro 27, 2007

Pela madrugada dentro...


A série Medium estreia hoje na TVI. A ser cumprido o horário (nunca é) será emitida às 2h30 de Sábado para Domingo. Uma coisa perfeitamente normal. Nas palavras de um responsável da estação:

"Não é uma obra para todo o género de público, mas sim para público muito específico (...) Foi escolhido este horário porque as noites de sábado são muito longas e contam com um tipo de público muito próprio"

E é aqui que, como indivíduo pertencente a essa amalgama resumida como "público muito específico", agradeço a canais como AXN ou o Fox. Duas séries do Medium já foram emitidas no AXN. É esse mesmo "público muito específico" que se arredia das noites dos generalistas e dá bons "shares" a canais do cabo.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

É a cultura, estúpido!

Não chegámos ainda à campanha pela legalização da despenalização do aborto mas já temos arraial. Apoiantes há do “não” que se exaltam e que pela boca brotam atoardas.

Gosto, especialmente das respostas a esses estímulos do bem e da moral.

João César das Neves dizia na semana passada que
A "liberalização" do aborto é seguida de "uma cultura abortista, em que este passa a ser uma coisa normal"


Fernanda Câncio respondeu:

"Na interpretação do economista, as mulheres não conseguem resistir à possibilidade de abortar, como quem “acolhe a chegada de um produto novo ao mercado”. Mal lhe dizem que é legar, ei-las como doidas a marcar vez à estalada, como uma liquidação total do IKEA. Imagina-se até que engravidarão de propósito, com o exclusivo objectivo de poder “experimentar” a nova sensação, que no entender do economista se tornará tão “normal” como, lá está, “um telemóvel”. Talvez as clínicas de aborto, as tais que vão invadir o pais quais vampiros sequiosos de fetos e euros, tenham uma espécie de passe de utente frequente, um “uso” para abortistas viciadas”."

in DN - 19-01.2007

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Pacheco Pereira superstar

Ele tem blog, escreve em pelo menos dois jornais e conversa na Quadratura do Círculo. É tido como um intelectual de excelência dos média.

Não gosta de futebol, escreveu livros sobre Álvaro Cunhal sem recorrer a fontes do PCP.



Não sei se costuma dizer "Mas essa não é a questão fundamental!" no programa de TV emitido na SIC Notícias. Não retiro grande interesse do que escreve e fala, como tal, não lhe reconheço grandeza. Tanto como político de lugar descartável - luta por cargo que diz sempre ter ambicionado e abandona-o meses depois - como comentador das ideias.

Mesmo assim, é altura de recordar a sua aparição programa Parabéns na RTP Memória (hoje, 16h00). Altura em que Herman José prestava nobre serviço à república ao entrevistar os seus ilustres tribunos.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Já cheira!



Não cheira nada, podem estar descansados!

Passa quase um mês depois do falecimento de James Brown, não deixa de ser caricato que continue por enterrar.

Distúrbios na sua turma de descendentes continuam a adiar o "engavetamento" do icon da Soul num... mausoléu. Nem na morte a sua querida família o deixa em paz, recorde-se que nas últimas décadas de vida alguns dos seus filhos lançaram processos relativamente à "cheta" do artista.

domingo, janeiro 21, 2007

Carlos Pinto Coelho, João Quadros e Júlio Machado Vaz

É divertido descobrir blogs onde escrevem personalidades portuguesas que admiro, que gosto de ouvir falar e ler. Mesmo aqueles que pensava estarem arredados da internet surpreendem-me, afinal parece que estão cá todos. Personalidades há que decido ignorar a sua presença na internet opinativa.

Recentes boas descobertas:

Carlos Pinto Coelho escreve aqui, João Quadros escreve ali e Júlio Machado Vaz acoli.

Seguem para as ligações deste blog.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Malditos correctores ortográficos!



Noutro caso, houve quem tivesse ficado azulado em vez de isolado.

Apanhado por Ponto Media.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Abram alas para o Obama



Escandaleira na CNN.

Recentemente fizeram a típica reportagem "Osama, onde páras tu?". Escarrapacharam na imagem a questão "Where is Obama?". Ora Barack Obama é Senador pelo estado de Illinois pelo Partido Democrata. Aliás, é um dos três principais candidatos do partido democrata à eleição de presidente.

Barack Obama é hoje em dia um nome muito conhecido nos EUA, o seu livro "The Audacity of Hope" é um best-seller do momento. Será, certamente, conhecido por todo o planeta daqui a meses.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O preço da guerra



Blood and oil: How the West will profit from Iraq's most precious commodity

sábado, janeiro 13, 2007

Hellaluiah

Mascarados e pintados de monstros, com mais ar de paródia ao He-Man e Jeepers Creepers que com ar de personagens de filme de terror satânico, os Mr Lordi venceram, destacadamente, o 51.º Festival da Eurovisão com uma canção hard rock de dieta no ruído, de melodia chunga e fórmula básica e banal. Os Scorpions não teriam feito melhor!

Nuno Galopim in DN - 22.05.2006

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Por estas e por outras, vou votar sim

Eu assisti ao debate para o anterior referendo, e apesar do resultado, ou talvez por causa dele, acreditei vagamente que todos os que nele intervieram iriam depois assumir as suas responsabilidades e trabalhar no terreno para uma enorme mudança de mentalidades, de atitudes, e a uma efectiva promoção da tal "cultura da responsabilidade" que produzisse efeitos e resultasse numa efectiva diminuição do número de abortos clandestinos.

Pedro Rolo Duarte in DN - 03.01.07

Foi dada uma oportunidade de 8 anos aos defensores da penalização de quem pratica o aborto. Resultados? O idealismo e moralismo são incapazes de mudar o mundo e menos resultados práticos surgem se se não mexe uma palha.

Já no novo milénio registam-se os mesmos problemas de há 10, 20, 50, 100 anos: a penalização do aborto prejudica mulheres que não pensam como uma parte da população portuguesa.

Se não se deve mudar quando as coisas correm bem, deve-se proceder a alterações quando não há resultados. A batalha de argumentos pró e anti legalização é longa, mas a minha inicia-se e termina aqui.

Daqui a um mês anda à roda.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Acabou-se a papa doce

Chega hoje às mãos dos urbes lisboetas e portistas, um jornal desportivo gratuito. Começa o fim da brincadeira para A Bola, Record e O Jogo. Já com descidas nas tiragens nos últimos tempos, enfrentam agora o que os diários ditos generalistas tiveram de enfrentar: descida drástica de vendas. Portugal será, muito provavelmente, o único país europeu a ter três diários desportivos pagos mas o cenário não deverá continuar assim por muito tempo.

Quem ganha é o portuguesinho, além do Metro e Destak, tem agora mais uma razão para não fazer nada na primeira hora de "trabalho".

domingo, janeiro 07, 2007

"A" ficção nacional

Ficção nacional, é quando um homem quizer. Pelos menos assim o é para os profissionais das televisões privadas portuguesas. Novela das "américas" com actores portugueses é "ficção nacional". E mesmo extra-Floribelas temos os habituais "novelos de lã" de cento e tal episódios, que directores de programação orgulhosamente apresentam como "ficção". Lixo, fraco entertenimento, emprego, mina de dinheiro em marketing que, como tem público, cumpre uma função e merece existir.

Hoje estreia na RTP verdadeira ficção nacional, aquela que as privadas não fazem porque custa ainda mais dinheiro do que as novelas habituais e não dá retorno em audiências. Nome de código: Sintra é baseado em delírios literários de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão e terá 13 episódios de ficção dentro do "fantástico". Estejam descansados que não terá gente bonita e fantástica...

sábado, janeiro 06, 2007

Saddam Hussein troca prendas no dia de reis



Contexto: Saddam foi enforcado há uma semana e é dia de Reis. Em Espanha trocam-se as prendas neste dia.

Ok, depois da piadinha cáustica (South Park - o filme) já posso desbaratar na "justiça" que deu a Saddam Hussein, um rápido final.

O líder que conseguiu unir um país pré-fabricado durante algumas décadas, foi julgado e sentenciado sem ter as minimas condições de cachola para se defender. Não era um Slobodan Milosevic. Aliás, depois de destronado nunca mais foi o mesmo, quando capturando viveu atarantado e a leste.

Quando teve poder, foi um vil tirano e assassinos natos. Saddam Hussein chegou a disparar à queima roupa em conselho de ministros - à cabeça, claro - de quem ousavam questionar as suas decisões. Fez porque tinha ajuda interna e exterior.

A morte de Saddam Hussein não resolve os problemas que criou, nem a instabilidade que as forças aliadas, ao derruba-lo, originaram. Merecia ser julgado por todos os crimes realizados e ficar até ao resto dos seus últimos dias isolado, a pensar no "bem" que fez ao usar despoticamente o poder que iraquianos "nele depositaram".

As imagens da sua execussão são degradantes. Tanto as gravadas pelas TVs, como pelas de telemóvel. É caso para dizer, já não se pode morrer em paz! Não bastava a angústia de ter segundos de vida pela frente, ainda teve de aguentar com meia dúzia de rancorosos espertinhos.
Na morte colheu o que semeou no seu regime: o ódio pela repressão e assassinio.

Talvez a pena de morte de Saddam Hussein acabe por mudar algo no mundo. Não será descabida a ideia do presidente francês, Jacques Chirac, de fazer um forcing pela abolição da pena morte em todo o mundo.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Vaidade


"foram os ICAM's e os IPC's desta vida, os júris formados por lunáticos e amigos dos seus amigos do Bairro Alto, e as sucessivas políticas dos governos (convém lembrar, sempre do PS e / ou do PSD) que financiavam e não controlavam a concretização dos projectos, que jogavam com simpatias e fretes (em vez de competências e profissionalismo), e que sempre fizeram questão de ignorar o destinatário final dos filmes: o espectador (...)

Dá-se então a classica bola de neve: o poder escolhe ineptos para decidirem o que se vai subsidiar, por sua vez eles escolhem os projectos mais absurdos, e os espectarores, inteligentemente, fogem para a sala ao lado e vão ver outro filme qualquer."

Pedro Rolo Duarte in DNa - 18.11.2005

Paulo Rocha, um dos mais elogiados cineastas da escola do Novo Cinema Português, teve a pior prestação nas salas de cinema com «Vanitas», visto apenas por 493 espectadores.

Feitas as contas, o ano passado nem foi muito mau para o cinema português. Um filme a cima dos 200 mil espectadores, e uns três com mais de 10 mil.

No entanto, continuamos a ter uma boa percentagem de filmes que estão desadequados do mercado. São produtos de autorealização de certos cineastas. Não admira pois que um filme como "Vanitas", que teve promoção q.b., não tenha interessado a mais de 500 espectadores.

Este tipo de cinema merece existir, mas o mercado de filmes portugueses só irá se desenvolver quando produtores, realizadores, argumentistas, apresentarem suficientes produtos com que os espectadores se identifiquem.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

"Audiotoria" 2006

Abaixo citadas estão bandas e trabalhos que mais ouvi... com prazer. Alguns pertencem ao ano de 2005, mas foram só descobertas após 1 de Janeiro do ano seguinte.

Brigada Victor Jara -
Ceia Louca
Carlos Bica & Azul - Believer
Estradasphere - Palace of Mirrors
Gaiteiros de Lisboa - Sátiro
Mastodon - Blood Mountain
Marenostrum - Almadrava
Meshuggah - Nothing (re-released)
Nuno Prata -
Todos os dias fossem estes/outros
Sikth - Death Of A Dead Day
The Bad Plus - Suspicious Activity