quinta-feira, janeiro 04, 2007
Vaidade
"foram os ICAM's e os IPC's desta vida, os júris formados por lunáticos e amigos dos seus amigos do Bairro Alto, e as sucessivas políticas dos governos (convém lembrar, sempre do PS e / ou do PSD) que financiavam e não controlavam a concretização dos projectos, que jogavam com simpatias e fretes (em vez de competências e profissionalismo), e que sempre fizeram questão de ignorar o destinatário final dos filmes: o espectador (...)
Dá-se então a classica bola de neve: o poder escolhe ineptos para decidirem o que se vai subsidiar, por sua vez eles escolhem os projectos mais absurdos, e os espectarores, inteligentemente, fogem para a sala ao lado e vão ver outro filme qualquer."
Pedro Rolo Duarte in DNa - 18.11.2005
Paulo Rocha, um dos mais elogiados cineastas da escola do Novo Cinema Português, teve a pior prestação nas salas de cinema com «Vanitas», visto apenas por 493 espectadores.
Feitas as contas, o ano passado nem foi muito mau para o cinema português. Um filme a cima dos 200 mil espectadores, e uns três com mais de 10 mil.
No entanto, continuamos a ter uma boa percentagem de filmes que estão desadequados do mercado. São produtos de autorealização de certos cineastas. Não admira pois que um filme como "Vanitas", que teve promoção q.b., não tenha interessado a mais de 500 espectadores.
Este tipo de cinema merece existir, mas o mercado de filmes portugueses só irá se desenvolver quando produtores, realizadores, argumentistas, apresentarem suficientes produtos com que os espectadores se identifiquem.
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