Passei 15 dias fora do país. Antes de ir, a Câmara de Lisboa era um caco inapresentável, com uma dívida estimada em mais de mil milhões de euros. Depois de vir, encontro uma dúzia de candidatos aos pulinhos, cheios de vontade de presidir à coisa.
(...)
há cada vez mais candidatos independentes dispostos a romper com as lógicas partidárias. É uma tese muito bonita, cuja divulgação deveria ser feita ao som de violinos celestiais.
Só que depois vem a forma pessimista, cinzenta e soturna de encarar os 12 apóstolos de Lisboa: na sua maioria, rapaziada interessada noutros campeonatos, que aproveita as eleições na capital apenas para se autopromover/agradar ao chefe/ limpar a honra/saltar para um pedestal mais alto (riscar o que não interessa). No meio disto tudo, a câmara é um apêndice - e não, como seria suposto, o centro da questão.
Imaginemos que Lisboa era uma grande empresa, e já agora falida, como efectivamente está: alguém acredita no aparecimento de uma dúzia de empresários para tomar conta de um negócio que tudo indica ser inviável?
João Miguel Tavares in DN - 29.05.2007
sexta-feira, junho 08, 2007
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