Um humorista que se dedica ao humor numa de "Ora bem, há certas coisas sobre as quais não posso falar", não é humorista.
Nuno Markl in DNa - 02.12.2005
domingo, abril 30, 2006
sábado, abril 29, 2006
Revolução no meio áudio, já!
Na semana passada, o farol das grandes empresas de rádio deu o seu sinal trimestral. Para uns brilhou, para outros alertou ou ofuscou caminho.
O cansaço do público começa a ser visível para as rádios do Grupo Renascença. RFM, a playlist mais enfadonha do universo, e uma RR colada à RFM mas com mais informação, estão em vias de perder anos de hegemonia. Repararam já que a RR deixou de lado a música portuguesa, trocando-a por maciças passagens de Shania Twain e companhia? Na teoria, estavam certos: havia que modernizar a playlist pois os novos públicos "comem" bem a sopinha da RFM. Mas agora começa-se a ver que afinal os ouvintes apreciavam na RR a variedade, os programas de autor, a música portuguesa, as caras.
Felizmente, o trabalho dos directores que são amantes de rádio, foi premiado com subidas. Falo de Ant3, Ant1, Rádio Comercial, RCP.
Falta criatividade na rádio actual. Fica-se pelo óbvio e (muito) rentável. "Ora deixa cá meter uma musiquinha de top 10 que é nos garante a liderança nas filas de trânsito".
A rádio também é informação, palco de descoberta, afirmação de identidades, etc. Portugal precisa de melhores produtos e mais variedade. As produtoras que não conseguirem actualizar-se vão sofrer como as televisões generalistas. Estas, todos os meses perdem clientes para os canais do cabo. Da rádio não perderam para o cabo, mas os podcasts nacionais ou estrangeiros vão fazer mossa com a generalização do suporte digital a todos os sistemas de audição de áudio.
Eu, fã de podcasts me confesso. Faço a minha própria rádio enquanto as pessoas que completam a sala em que trabalho escutam com agrado (ou será passividade e medo de música que ainda não trauteiam?) escutam a RFM 8 horas por dia.
O cansaço do público começa a ser visível para as rádios do Grupo Renascença. RFM, a playlist mais enfadonha do universo, e uma RR colada à RFM mas com mais informação, estão em vias de perder anos de hegemonia. Repararam já que a RR deixou de lado a música portuguesa, trocando-a por maciças passagens de Shania Twain e companhia? Na teoria, estavam certos: havia que modernizar a playlist pois os novos públicos "comem" bem a sopinha da RFM. Mas agora começa-se a ver que afinal os ouvintes apreciavam na RR a variedade, os programas de autor, a música portuguesa, as caras.
Felizmente, o trabalho dos directores que são amantes de rádio, foi premiado com subidas. Falo de Ant3, Ant1, Rádio Comercial, RCP.
Falta criatividade na rádio actual. Fica-se pelo óbvio e (muito) rentável. "Ora deixa cá meter uma musiquinha de top 10 que é nos garante a liderança nas filas de trânsito".
A rádio também é informação, palco de descoberta, afirmação de identidades, etc. Portugal precisa de melhores produtos e mais variedade. As produtoras que não conseguirem actualizar-se vão sofrer como as televisões generalistas. Estas, todos os meses perdem clientes para os canais do cabo. Da rádio não perderam para o cabo, mas os podcasts nacionais ou estrangeiros vão fazer mossa com a generalização do suporte digital a todos os sistemas de audição de áudio.
Eu, fã de podcasts me confesso. Faço a minha própria rádio enquanto as pessoas que completam a sala em que trabalho escutam com agrado (ou será passividade e medo de música que ainda não trauteiam?) escutam a RFM 8 horas por dia.
sexta-feira, abril 28, 2006
A idade média aqui tão perto
passar muito tempo a ler jornais, ver televisão e navegar na Internet diminui a fé cristã
Amiguinhos, não quero contribuir para a vossa decadência. Apaguem o computador e vão meditar. Sabem os mais informados que no céu não há internet.
Amiguinhos, não quero contribuir para a vossa decadência. Apaguem o computador e vão meditar. Sabem os mais informados que no céu não há internet.
quinta-feira, abril 27, 2006
O valor da morte
A cobertura da cerimónia funebre, a partir de Runa, rendeu excelentes números à TVI. Por outras palavras: em cada 100 televisões, mais de 65 estavam sintonizados no canal.
in Correio da Manhã - 20.04.2006
a pièce de résistance veio na terça, com a transmissão integral da missa de corpo presente e daquela espécie de funeral de autógrafos que levou milhares a Runa. Raras vezes se terá assistido a um tão acabado exemplo de autofagia mediática e de canibalismo sentimental como nesta exponenciação do impacto de uma morte "da casa". É certo que, no seu afã de evidenciar ser sempre possível descer mais baixo, a TV portuguesa tem demonstrado que a náusea de ontem é a normalidade de hoje.
Fernanda Câncio in DN - 22.04.2006
in Correio da Manhã - 20.04.2006
a pièce de résistance veio na terça, com a transmissão integral da missa de corpo presente e daquela espécie de funeral de autógrafos que levou milhares a Runa. Raras vezes se terá assistido a um tão acabado exemplo de autofagia mediática e de canibalismo sentimental como nesta exponenciação do impacto de uma morte "da casa". É certo que, no seu afã de evidenciar ser sempre possível descer mais baixo, a TV portuguesa tem demonstrado que a náusea de ontem é a normalidade de hoje.
Fernanda Câncio in DN - 22.04.2006
quarta-feira, abril 26, 2006
terça-feira, abril 25, 2006
32 anos, é muito tempo
Salazar criou um Portugal de hipocrisia, pobreza e respeitinho, que é melhor esquecer. E, para cúmulo, o PREC transformou a libertação final numa querela rancorosa e a democracia que dali saiu andou até agora, indecentemente aos trambolhões.
Vasco Pulido Valente in Público - 22.04.2006
Vasco Pulido Valente in Público - 22.04.2006
segunda-feira, abril 24, 2006
Passos certos... num futuro incerto
Nasceram mais duas crias de lince ibérico. Desde o ano passado que, ultrapassada a burocracia, se faz reprodução em cativeiro do felino em perigo de extinção.
Este ano nasceram duas fêmeas deram à luz um total de quatro crias a que se juntam as duas sobreviventes da ninhada de três do ano passado.
O presente começa a ser assegurado numa altura em que fora do cativeiro as perspectivas de resistência da espécie parecem ser dramáticas. Há poucos anos estimava-se em 150 o número destes animais. Actualmente são cada vez menos avistados nas serras espanholas.
A ver vamos se existem condições para estes animais serem libertados, e sobretudo que os que estejam "a monte" consigam manter colónias com número razoável.
Este ano nasceram duas fêmeas deram à luz um total de quatro crias a que se juntam as duas sobreviventes da ninhada de três do ano passado.
O presente começa a ser assegurado numa altura em que fora do cativeiro as perspectivas de resistência da espécie parecem ser dramáticas. Há poucos anos estimava-se em 150 o número destes animais. Actualmente são cada vez menos avistados nas serras espanholas.
A ver vamos se existem condições para estes animais serem libertados, e sobretudo que os que estejam "a monte" consigam manter colónias com número razoável.
domingo, abril 23, 2006
Dia do livro
Pela compra do Diário de Notícias, recebi hoje o livro Pessoal e Transmissível XX-XXI do jornalista da TSF Carlos Vaz Marques.
Tem sido ritual anual do jornal dar aos leitores um livro, quando se festeja o dia do objecto que, há séculos, se afirma como um dos mais importantes da cultura humana.
Antes dar do que enterrar, destruir ou deixar criar bicho nos armazéns. É diferente da política que leva a, por exemplo, enterrar fruta para que se tenha um "preço competitivo" no mercado. E as bocas com fome a que se poderia dar de comer?
Dar um livro, é homenageá-lo. É criar melhores condições para o mercado, apelando à leitura e consequentemente ao aparecimento de novos leitores.
Tem sido ritual anual do jornal dar aos leitores um livro, quando se festeja o dia do objecto que, há séculos, se afirma como um dos mais importantes da cultura humana.
Antes dar do que enterrar, destruir ou deixar criar bicho nos armazéns. É diferente da política que leva a, por exemplo, enterrar fruta para que se tenha um "preço competitivo" no mercado. E as bocas com fome a que se poderia dar de comer?
Dar um livro, é homenageá-lo. É criar melhores condições para o mercado, apelando à leitura e consequentemente ao aparecimento de novos leitores.
sábado, abril 22, 2006
Duas boas razões para ir ao cinema em Outubro
Conversa da Treta - O Filme
filme baseado no O Mistério da Estrada de Sintra de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.
Cinema português sobre portugueses.
filme baseado no O Mistério da Estrada de Sintra de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.
Cinema português sobre portugueses.
sexta-feira, abril 21, 2006
Notícias más para a SIC Notícias
Hoje, a SIC Notícias repete durante o dia as mesmas notícias e às oito da noite consegue continuar a exibir o mesmo resumo e comentário de um jogo de futebol ocorrido na véspera. Nada surpreende, mostra pouco rasgo: em dia de jogo grande, lá vêm as inevitáveis três horas de Especial, com os comentadores do costume, os repórteres do costume, as reportagens do costume, com cachecol à porta do estádio.
(...)
Pode alterar-se o cenário, pintá--lo de vermelhão e azul-forte, pode melhorar a cenografia de antena, podem até mudar as moscas da campanha de publicidade que a SIC Notícias lançou há três semanas, mas se nada de essencial mudar, o AXN e o Panda continuarão a fazer a vida negra a Ricardo Costa e seus pares...
Certamente que a primeira campanha institucional da SIC Notícias, não veio foi colocada no ar por ligeiro motivo. Nesta crónica de há alguns dias no DN, avisava-se que aquela estação está a deixar de ser um ponto atractivo do Cabo e que a maior prova disso eram as audiências.
Assim, parece-me que a qualidade ainda faz a diferença e tem a capacidade de derrotar os projectos que páram no tempo, não investem em si próprios e não acreditam nas pessoas que gostam deles.
(...)
Pode alterar-se o cenário, pintá--lo de vermelhão e azul-forte, pode melhorar a cenografia de antena, podem até mudar as moscas da campanha de publicidade que a SIC Notícias lançou há três semanas, mas se nada de essencial mudar, o AXN e o Panda continuarão a fazer a vida negra a Ricardo Costa e seus pares...
Certamente que a primeira campanha institucional da SIC Notícias, não veio foi colocada no ar por ligeiro motivo. Nesta crónica de há alguns dias no DN, avisava-se que aquela estação está a deixar de ser um ponto atractivo do Cabo e que a maior prova disso eram as audiências.
Assim, parece-me que a qualidade ainda faz a diferença e tem a capacidade de derrotar os projectos que páram no tempo, não investem em si próprios e não acreditam nas pessoas que gostam deles.
quinta-feira, abril 20, 2006
E depois?
A maioria dos deputados fez gazeta na Quinta-Feira da passada semana? Afinal, não havia tolerância de ponto para os empregados do estado? Tanta admiração...
Os deputados comportam-se como o português vulgar, o funcionário público. Trabalhar q.b. , com profissionalismo q.b., e a pensar que a pontualidade não é um dever.
Afinal, quem é que deve dar o exemplo? Os cidadãos, porque os deputados são o suprassumo... o olimpo da nossa república. Mas não dão. Em eleições não penalizam quem ganha o que ganha, e vai ao emicíclo "por favor".
Passou-se uma semana, o caso já esfriou e pouca mossa fará nas cabeças pensantes que votam. Foi um calafrio que passou pela espinha de deputados e partidos. O povo é sereno e caridoso. Nas próximas eleições garantem os mesmos banquinhos a troco de campanhas milionárias, aventais laranja, canetas rosa, chouriços ou máquinas de lavar roupa.
Os deputados comportam-se como o português vulgar, o funcionário público. Trabalhar q.b. , com profissionalismo q.b., e a pensar que a pontualidade não é um dever.
Afinal, quem é que deve dar o exemplo? Os cidadãos, porque os deputados são o suprassumo... o olimpo da nossa república. Mas não dão. Em eleições não penalizam quem ganha o que ganha, e vai ao emicíclo "por favor".
Passou-se uma semana, o caso já esfriou e pouca mossa fará nas cabeças pensantes que votam. Foi um calafrio que passou pela espinha de deputados e partidos. O povo é sereno e caridoso. Nas próximas eleições garantem os mesmos banquinhos a troco de campanhas milionárias, aventais laranja, canetas rosa, chouriços ou máquinas de lavar roupa.
quarta-feira, abril 19, 2006
O massacre de Lisboa
Faz hoje 500 anos que cristãos varreram à espadeirada os habitantes de fé judaica da capital portuguesa.
Relembremos.
Relembremos.
terça-feira, abril 18, 2006
segunda-feira, abril 17, 2006
Adivinha quem vem jantar!
Em Setembro próximo agitam-se as águas na imprensa, sobretudo nos semanários.
A guerra já começou, mas será nesse mês que o Expresso poderá ter a vida complicada com o estrear nas bancas de um novo semanário, liderado por José António Saraiva.
Enquanto não chega a data, o Expresso, com nova gestão, vai arrumando a casa. Novo visual para breve nas suas revistas e, sobretudo, cara nova em todo o jornal a partir de 23 de Setembro. Imaginem quem vem "jantar" nessa altura? O semanário de Saraiva. Com as apresentações agendadas já para o final de Abril às agências de meios, o ex-director do Expresso afirmou que gostaria de ter o seu semanário à venda em meados de Setembro. Vai ser uma guerra interessante de se seguir.
Em conversa ao programa de rádio de Luis Osório, dizia há dias que se trata de um projecto muito inovador que, como tal, só teria duas saidas: ou seria um grande sucesso ou um grande fracasso.
Na mesma conversa opinou sobre a mania que as administrações dos grupos de imprensa têm de chamar consultores internacionais a participarem na mudança de um jornal. É o caso do que aconteceu desde Janeiro no Expresso. Uma tal de Innovation, chefiada por Javier Errea deu os seus palpites sobre a realidade de um país que não conhece.
Luis Osório e José António Saraiva concordaram nesse aspecto: consultorias de imprensa têm prejudicado jornais. Não poderão fazer melhor trabalho do que pessoas que respiram a imprensa e o contexto do seu país há décadas.
Termina a notícia do DN a dizer que o Expresso conta fazer crescer o número de tiragem com as alterações. Um cenário risível, numa altura em que o número de leitores da imprensa tem diminuido e ainda pensando que em Setembro o semanário mais vendido em Portugal vai ter mais um concorrente... liderado por quem lhe deu duas décadas de vitórias.
Ar fresco precisa-se!
A guerra já começou, mas será nesse mês que o Expresso poderá ter a vida complicada com o estrear nas bancas de um novo semanário, liderado por José António Saraiva.
Enquanto não chega a data, o Expresso, com nova gestão, vai arrumando a casa. Novo visual para breve nas suas revistas e, sobretudo, cara nova em todo o jornal a partir de 23 de Setembro. Imaginem quem vem "jantar" nessa altura? O semanário de Saraiva. Com as apresentações agendadas já para o final de Abril às agências de meios, o ex-director do Expresso afirmou que gostaria de ter o seu semanário à venda em meados de Setembro. Vai ser uma guerra interessante de se seguir.
Em conversa ao programa de rádio de Luis Osório, dizia há dias que se trata de um projecto muito inovador que, como tal, só teria duas saidas: ou seria um grande sucesso ou um grande fracasso.
Na mesma conversa opinou sobre a mania que as administrações dos grupos de imprensa têm de chamar consultores internacionais a participarem na mudança de um jornal. É o caso do que aconteceu desde Janeiro no Expresso. Uma tal de Innovation, chefiada por Javier Errea deu os seus palpites sobre a realidade de um país que não conhece.
Luis Osório e José António Saraiva concordaram nesse aspecto: consultorias de imprensa têm prejudicado jornais. Não poderão fazer melhor trabalho do que pessoas que respiram a imprensa e o contexto do seu país há décadas.
Termina a notícia do DN a dizer que o Expresso conta fazer crescer o número de tiragem com as alterações. Um cenário risível, numa altura em que o número de leitores da imprensa tem diminuido e ainda pensando que em Setembro o semanário mais vendido em Portugal vai ter mais um concorrente... liderado por quem lhe deu duas décadas de vitórias.
Ar fresco precisa-se!
domingo, abril 16, 2006
If you can't beat 'em, join them
US hip-hop duo Gnarls Barkley have become the first act to score a UK number one single on the strength of digital sales alone.
O single digital superou o formato CD-Single na Grã-Bretanha. Afinal o MP3 não é tão inimigo da música, como alguém quer fazer parecer.
Quando é que a Associação Fonográfica Portuguesa, e sobretudo os editores que dela fazem parte, deixam as ameaças de lado e trabalham para converter os "piratas" em utentes dos seus produtos?
O single digital superou o formato CD-Single na Grã-Bretanha. Afinal o MP3 não é tão inimigo da música, como alguém quer fazer parecer.
Quando é que a Associação Fonográfica Portuguesa, e sobretudo os editores que dela fazem parte, deixam as ameaças de lado e trabalham para converter os "piratas" em utentes dos seus produtos?
sábado, abril 15, 2006
Brincar às bandas
We have been offered several great deals, but we do not want to fucking ruin the legacy of this band, you know? So many [bands] come back and do new records and they fucking stink. We are in different place these days and so it would naturally not be truly what we were.
Esta, deveria ser esta a atitude a tomar por muitas bandas que após 10/15 anos de hiato, decidem voltar à ribalta.
Fora daquele em que foi o seu tempo criativo, já com ideias e gostos novos, decidem apresentar composições como se nada tivesse mudado. A pausa não lhes permitiu maturação nem aperfeiçoamento, apenas distanciamento. São passos firmes para a barracada.
Porque não tocar só os álbuns que se tornaram clássicos? Assim farão os Atheist, vão dar concertos com velhos temas e a gravar novos com outro nome.
Esta, deveria ser esta a atitude a tomar por muitas bandas que após 10/15 anos de hiato, decidem voltar à ribalta.
Fora daquele em que foi o seu tempo criativo, já com ideias e gostos novos, decidem apresentar composições como se nada tivesse mudado. A pausa não lhes permitiu maturação nem aperfeiçoamento, apenas distanciamento. São passos firmes para a barracada.
Porque não tocar só os álbuns que se tornaram clássicos? Assim farão os Atheist, vão dar concertos com velhos temas e a gravar novos com outro nome.
sexta-feira, abril 14, 2006
Volta DNa, estás perdoado...
"É melhor ter um leitor apaixonado do que dez leitores indiferentes. Mais vale um leitor irritado na mão do que dois leitores, a dormir, com o jornal aberto, e ainda por cima a voar..."
Livro de estilo do DNa in DNa 25.11.2005
Livro de estilo do DNa in DNa 25.11.2005
quinta-feira, abril 13, 2006
Generalidades absolutas... e idiotas.
O jornalismo hoje em dia tem muito de alarmante. Sustos para aqui, sustos para ali. Ideias lançadas, absolutas e convictas.
Domingo passado a RTP e a Antena 1 afirmavam:
Pandemia em Portugal deverá matar mais 50 por cento que o previsto
Mas quem é o irresponsável permite que se grite à boca cheia tal frase? Um estudo é um estudo, não é facto consumado. Previsões? Saberá o clarividente jornalista que escolheu dar enfase a este "facto", que desde 1997 que não se fala noutra coisa do que em pandemias aviárias, mas que não vitimaram mais de 200 e tal pessoas? Os cenários foram sempre os piores. Para tristezas bastam-nos as novelas!
Outra daquelas afirmações generalistas, vi da boca de um jornalista da SIC um dia antes. Dizia ele que "este ano não vai haver seca em Portugal". Afirmava-o peremptóriamente. Ela foi extrema, chegou a ser severa e agora era fraca. O jornalista terá poderes mediunicos que lhe permita afirmar que populações do interior não irão sofrer com falta de água em Agosto? Existem estudos sim, e os factos apontam para que este ano até tenhamos uma situação normal mas daí a afirmar certezas absolutas vai um passo enorme.
Gostava de ter gravado a afirmação do pivot da SIC para, em pleno Verão e em fruição delirante
da articulação dos termos "seca severa-extrema-fraca" lhe poder mostrar o que em Março convictamente afirmou.
É este o estado do quarto poder em Portugal. Discursos absolutos e alarmistas e sobretudo uma agenda noticiosa semelhante em praticamente todos os orgãos de comunicação social nacionais. Vocês querem ver que no nosso país não se passa nada?
Honra feita à comunicação regional, que nos mostra outros contextos.
Domingo passado a RTP e a Antena 1 afirmavam:
Pandemia em Portugal deverá matar mais 50 por cento que o previsto
Mas quem é o irresponsável permite que se grite à boca cheia tal frase? Um estudo é um estudo, não é facto consumado. Previsões? Saberá o clarividente jornalista que escolheu dar enfase a este "facto", que desde 1997 que não se fala noutra coisa do que em pandemias aviárias, mas que não vitimaram mais de 200 e tal pessoas? Os cenários foram sempre os piores. Para tristezas bastam-nos as novelas!
Outra daquelas afirmações generalistas, vi da boca de um jornalista da SIC um dia antes. Dizia ele que "este ano não vai haver seca em Portugal". Afirmava-o peremptóriamente. Ela foi extrema, chegou a ser severa e agora era fraca. O jornalista terá poderes mediunicos que lhe permita afirmar que populações do interior não irão sofrer com falta de água em Agosto? Existem estudos sim, e os factos apontam para que este ano até tenhamos uma situação normal mas daí a afirmar certezas absolutas vai um passo enorme.
Gostava de ter gravado a afirmação do pivot da SIC para, em pleno Verão e em fruição delirante
da articulação dos termos "seca severa-extrema-fraca" lhe poder mostrar o que em Março convictamente afirmou.
É este o estado do quarto poder em Portugal. Discursos absolutos e alarmistas e sobretudo uma agenda noticiosa semelhante em praticamente todos os orgãos de comunicação social nacionais. Vocês querem ver que no nosso país não se passa nada?
Honra feita à comunicação regional, que nos mostra outros contextos.
quarta-feira, abril 12, 2006
terça-feira, abril 11, 2006
Transportes sobre rodas
"As políticas tarifárias e o sub-financiamento a que as empresas de transportes estão sujeitas deixam pouca margem para investir em qualidade"
Corrêa de Sampaio, administrador dos TST in Público - 07.04.2006
Os clientes não devem financiar só o bem estar da empresa, dos seus financiadores e dos seus administradores.
Os Transportes Sul do Tejo têm uma boa margem de clientes e recebem mensalmente uma maquia suficiente para poder prestar melhor serviço. O problema é que estes administradorzecos, não têm visão de futuro nem respeito pelos utentes dos serviços que prestam. Fazem-no dividindo insensatamente o dinheiro que recebem: X para qualificar o serviço; X para rendimento dos accionistas e administradores. Sendo que o que é ministrado para investimento é muito menor.
No fim, estendem sempre a mão ao Estado; pedem mais trabalho aos trabalhadores e aos clientes dizem "desculpem qualquer coisinha, não temos nada a ver com isto."
Corrêa de Sampaio, administrador dos TST in Público - 07.04.2006
Os clientes não devem financiar só o bem estar da empresa, dos seus financiadores e dos seus administradores.
Os Transportes Sul do Tejo têm uma boa margem de clientes e recebem mensalmente uma maquia suficiente para poder prestar melhor serviço. O problema é que estes administradorzecos, não têm visão de futuro nem respeito pelos utentes dos serviços que prestam. Fazem-no dividindo insensatamente o dinheiro que recebem: X para qualificar o serviço; X para rendimento dos accionistas e administradores. Sendo que o que é ministrado para investimento é muito menor.
No fim, estendem sempre a mão ao Estado; pedem mais trabalho aos trabalhadores e aos clientes dizem "desculpem qualquer coisinha, não temos nada a ver com isto."
segunda-feira, abril 10, 2006
Sócrates foi a Angola e levou...
Sócrates levou consigo 1/3 do PIB, 1/4 da dívida pública, 2/5 da fuga ao fisco, 4/6 do crédto mal parado, 39% da quebra nas exportações, 97% das operações na bolsa e Ricardo Salgado.
Mário Botequilha in Inimigo Público - 07.04.2006
Mário Botequilha in Inimigo Público - 07.04.2006
domingo, abril 09, 2006
Sisters of Mercy em versão kitch
A noite foi uma espécie de discussão familiar: de um lado a caixa de ritmos, o irmão forte e impiedoso a repetir os seus argumentos; do outro a irmã histérica, guitarra a guinchar nos agudos; e no meio, o avô do ribombar vocal a tentar a ponte entre as outras partes, mas sem que se percebesse o que dizia.
Eurico Monchique in Público - 07.04.2006
Eurico Monchique in Público - 07.04.2006
sábado, abril 08, 2006
Está sol? Está bom para passear?
E se tal se fossemos à Costa da Caparica?
Antes de irmos, deixa-me ver se hoje tem alguma atracção.
Olha, curioso, o sítio da Junta de Freguesia não está activo.
Calma, tenho aqui o portal da Costa da Caparica. Não tem informação turistica. Tu queres ver que a Costa da Caparica já não existe?
Bem, pensando melhor... fiquemos em casa a ver um filme da tarde da TVI!
Antes de irmos, deixa-me ver se hoje tem alguma atracção.
Olha, curioso, o sítio da Junta de Freguesia não está activo.
Calma, tenho aqui o portal da Costa da Caparica. Não tem informação turistica. Tu queres ver que a Costa da Caparica já não existe?
Bem, pensando melhor... fiquemos em casa a ver um filme da tarde da TVI!
sexta-feira, abril 07, 2006
Europa repensada
"A Europa tem perante si o desafio de repensar um outro modelo de relação com os bens. E isto não é pura questão ética ou moral, é uma questão de sobrevivência, porque se a riqueza não se globaliza, a pobreza de certeza que se globaliza."
Rui marques (Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas) in Actual - 10.12.2005
Rui marques (Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas) in Actual - 10.12.2005
quinta-feira, abril 06, 2006
quarta-feira, abril 05, 2006
Quem tudo quer...
O brasileiro GNT foi descontinuado na grelha da TV Cabo.
Segundo a empresa portuguesa, o canal apresentou preços que impossibilitaram o acordo. Agora vai ser substituido pela TV Record.
Agora GNT quer manter lugar na grelha da TV Cabo.
Pensarão, "afinal falavam a sério". A TV Cabo não é para brincadeiras e ainda é recente a semelhante atitude que tomaram com o canal Discovery.
Quem poderá ficar a vencer será a Cabovisão e mesmo a GNT. Embora a TV Cabo tenha grande cobertura e margem de clientes, a "alternativa" tem um bom serviço e disponibiliza, sem ser a "pagantes", o canal Fox. Sim, esse na TV Cabo está num pacote. Quem tem Cabovisão, vê episódios do Lost antes de eles passarem na RTP, vê também boas séries da HBO como o Deadwood.
A GNT poderá passar a ser mais um canal da Cabovisão que tirará clientes à TV Cabo. Assim espero!
Segundo a empresa portuguesa, o canal apresentou preços que impossibilitaram o acordo. Agora vai ser substituido pela TV Record.
Agora GNT quer manter lugar na grelha da TV Cabo.
Pensarão, "afinal falavam a sério". A TV Cabo não é para brincadeiras e ainda é recente a semelhante atitude que tomaram com o canal Discovery.
Quem poderá ficar a vencer será a Cabovisão e mesmo a GNT. Embora a TV Cabo tenha grande cobertura e margem de clientes, a "alternativa" tem um bom serviço e disponibiliza, sem ser a "pagantes", o canal Fox. Sim, esse na TV Cabo está num pacote. Quem tem Cabovisão, vê episódios do Lost antes de eles passarem na RTP, vê também boas séries da HBO como o Deadwood.
A GNT poderá passar a ser mais um canal da Cabovisão que tirará clientes à TV Cabo. Assim espero!
terça-feira, abril 04, 2006
Foi uma coisa que se lhes deu
O O Espectro acabou. Era o blog do Vasco (Pulido Valente) e da Constança (Cunha e Sá).
Caminhava para um dos blogs políticos portugueses mais visitados mas não passou de uma experiência.
Tal como as crianças que se cansam rápido de um brinquedo e o deixam de lado, assim pareceu O Espectro.
Caminhava para um dos blogs políticos portugueses mais visitados mas não passou de uma experiência.
Tal como as crianças que se cansam rápido de um brinquedo e o deixam de lado, assim pareceu O Espectro.
segunda-feira, abril 03, 2006
Sim ou sopas?
O PSD não existe há seis meses.
Vitalino Canas in Semanário - 24.03.2006
De uma forma global, Marques Mendes tem sabido ser líder da oposição. Se há quem tenha um estilo diferente, quem goste da traulitada, do populismo, e que queira testar isso no PSD, então apresente-se a eleições.
António Capucho in O Independente - 24.03.2006
Vitalino Canas in Semanário - 24.03.2006
De uma forma global, Marques Mendes tem sabido ser líder da oposição. Se há quem tenha um estilo diferente, quem goste da traulitada, do populismo, e que queira testar isso no PSD, então apresente-se a eleições.
António Capucho in O Independente - 24.03.2006
domingo, abril 02, 2006
... dos quem?
"Nos últimos anos Portugal, foi dos poucos países do mundo ocidental a não compreender, além dos circuitos melómanos, a importância fulcral de uns Strokes. Apesar de projectados nas páginas dos jornais, mal se ouviram na rádio e ve-los em palco foi coisa que ainda não conseguimos fazer."
Nuno Galopim in DN:música - 18.11.2005
Espero que não morram na miséria, como Mozart. Este pelo menos 200 anos depois é reconhecido.
Será que os Strokes também?
Nuno Galopim in DN:música - 18.11.2005
Espero que não morram na miséria, como Mozart. Este pelo menos 200 anos depois é reconhecido.
Será que os Strokes também?
sábado, abril 01, 2006
Sítio Lopes-Graça a 1 de Abril?
Dentre as iniciativas já adiantadas, várias delas em articulação com o Instituto das Artes, conta-se a criação do sítio www.lopes-graça.com (a partir de 1 de Abril).
in DN - 16.12.05
Em 2006, celebra-se o centenário de nascimento de Fernando Lopes-Graça.
Havia a promessa que a 1 de Abril arrancaria um sítio no qual a se mostraria a vida e obra do maestro.
Confirma-se, é pura mentira.
in DN - 16.12.05
Em 2006, celebra-se o centenário de nascimento de Fernando Lopes-Graça.
Havia a promessa que a 1 de Abril arrancaria um sítio no qual a se mostraria a vida e obra do maestro.
Confirma-se, é pura mentira.
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