"Historicamente, o privilégio é excepcional; dele usufrui uma categoria restrita. Os grandes de Espanha ganharam o privilégio de não tirar o chapéu em frente aos reis. Eram vinte e cinco famílias. A isso é que se chamava, outrora priviligiado. Hoje, chama-se priviligiado a um estudante que não pague o custo total do seu curso ou a alguém que tenha emprego, e este mero facto é a ilustração grotesta de quão baixo e mesquinho descemos na Europa, no período de apenas uma geração. A continuar assim, serão "priviligiados" todos aqueles que não estiverem a morrer de febre hemorrágica em África.
(...)
A verdadeira abolição de um privilégio é, pois, a sua generalização."
Rui Tavares in Público - 29.04.2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
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2 comentários:
Os conceitos de facto mudam ao longo das gerações. No meu curso (Engenharia Ambiente), variadíssimos professores proferem amíude as seguintes expressões "vocês são a elite (...) são privilegiados...", e dou comigo a pensar, não sou mais inteligente que a maioria da população, secalhar tenho o "privilégio" de conseguir pagar um curso universitário, o que acontece com muito custo. Estamos num ponto, onde pequenas coisas que deviam ser um dado garantido para toda a sociedade são recebidas como um privilégio.
¡Qué gran verdad es esa! Conforme bajamos el listón de nuestras aspiraciones bajamos el de nuestra valía. Hoy somos privilegiados si cobramos 1.000€ mensuales (en España) cuando con eso no se puede vivir solo en una gran ciudad. Mañana los privilegiados serán los que cobren 600€.
Espero que la diferencia de lengua no sea un problema.
Saludos.
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