A esta hora oiço a Antena 1, uma conversa de Álvaro Costa com três Heróis do Mar (Pedro Aires Magalhães, Rui Pregal da Cunha e Carlos Maria Trindade) e os dois criadores do filme. Boa forma de acompanhar a escrita deste post.
Ontem lá consegui ver o Brava Dança, documentário que narra a vida de um dos mais profissionais grupos da música pop portuguesa.
Sala grande, apenas seis pessoas a "preencher" o espaço. Para meu espanto, a publicidade a pipocas, carros, perfumes, bem como traillers de filmes de corridas, explosões intrigas, ficaram por passar. O filme começava à hora marcada: 22:00!
Foi quase hora e meia bem passada, sempre com um sorriso nos lábios, sinal que a peça em cena era boa. Muito interessante a história prévia dos Heróis do Mar, via Faíscas e Corpo Diplomático, bem como depois o desenrolar do esforço de anos da banda, para se tornar visível, moderna, de diversão chocante, de um Portugal para lá da revolução dos "capitães" e do caos das esquerdas e "direita".
Nos anos 80, embora tivesse as músicas dos Heróis do Mar no ouvido, não era um fã. Hoje, vejo com mais agrado a carreira daquela banda. Só o tempo nos ajuda a perceber o grande trabalho de composição, interpretação e de performance que tiveram. Para mim, "Saudade" e "Paixão" ainda são dois temas de inegualável qualidade do pop português e mesmo estrangeiro.
Não sou um saudosista musical. Gosto do passado e da sua música mas não quero ficar como indivíduos que perto dos 30 já estão agarrados aos discos dos pais, que ainda há 10 anos abominavam. Pior, ficam agarrados a eles, como se mais nada na música fosse inventado, criado, como se o presente e o futuro perdessem banda sonora.
Parabéns aos realizadores de Brava Dança. Provaram-nos que vale a pena sonhar, resistir às adversidades e de concretizar utopias... que agora são um documento histórico.
domingo, março 18, 2007
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1 comentário:
Obrigado, Sérgio. É quando lemos coisas assim que percebemos que valeu a pena.
Cumps
JPP
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