Teremos? Ou não teremos a coragem de arriscar? A tese diz-se à boca cheia pelos colunistas: "os portugueses têm em geral memória curta". Isto a propósito das próximas eleições legislativas. Com esta afirmação os comentadores põem em causa as escolhas dos concidadãos. Abominam o Flopes? Vão votar no Sócrates, mas lembram-se do seu modelo, Guterres? Certamente que se recordam da apatia que se viveu em 6 anos, bem como a arrogância de direita do Sr. Cavaco. Como dizem os ingleses, in the end... todos viram o olhar e votam no PS.
Não é memória curta, é sim doença bipolar. Ora se vota à "esquerda" ora à direita. São 30 anos pós 25 de Abril a duas cores: laranja e rosa (ora vemelho). Mais do que essas duas cores é o chamado arriscar, é o fora da norma. Porque para lá dos dois, reza a mentalidade portuguezinha, está o reino do mal. O bicho papão que fala do operariado, os senhores liberais-laicos que não se vestem bem na assembleia, os amantes da "terra" ou mesmo nacionalistas exacerbados.
Os portugueses têm o país que querem.
terça-feira, dezembro 21, 2004
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