O Presidente Jorge Sampaio deu finalmente hoje a converseta justificatória da dissolução do IX governo pós 25 de Abril. Sem muito a acrescentar ao que tinha já vindo a público na imprensa, limitou-se a resumir que a falta de rumo de uma maioria que já gozava a sua última oportunidade, originou a tomada da decisão mais polémica de um presidente de uma república.
Este não é mera figura de efeite de um aparelho que investe o capital financeiro, social e de confiança que a população deposita em quem elegeu.
O Presidente Sampaio emerge desta crise, na minha opinião, como o único político português actual a agir com conhecimento, sinceridade e responsabilidade. Após o acto egoísta de um Primeiro-Ministro que até tinha boas práticas, José Manuel (ex-Durão) Barroso, fez o que a constituição diz: os partidos do Governo caso mostrem vontade e firmeza deverão continuar à frente dos destinos do país. Sampaio colocou na mesa limites que não convinham ser transpostos.
Ao fim de quatro meses não se registava um Governo forte. Há limites para tudo, e o Presidente existe para terminar políticos incapacitados. Poderão os partidos da maioria dizer que tinham um mandato para 4 anos. Legitimitade tinham, mas a mediocridade é medível e quando ela se mantem, e se justifica na opinião de muitos sectores da sociedade, é mais que correcto dar a palavra novamente aos eleitores.
sexta-feira, dezembro 10, 2004
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