sexta-feira, dezembro 31, 2004

Perder e ganhar

O ano de 2004 ficará associado ao desaparecimento de portugueses como Sophia de Mello Breyner, Carlos Paredes, Fialho Gouveia, Thillo Krassman, Maria de Lourdes Pintassilgo, Henrique Mendes, Prof Sousa Franco, entre outros. A todos era característica uma nobreza de alma que enriquecia a nossa identidade colectiva.

Sophia de Mello Breyner e Carlos Paredes serão eternos. Maria de Lourdes Pintassilgo e Sousa Franco eram políticos que não colocava o mediatismo à frente de valores mais importantes. Quem não se lembra do profissionalismo e bondade de Henrique Mendes e Fialho Gouveia? Thillo Krassman não nasceu português , mas desempenhou um papel impar no panorama musical da TV e não só.

Não interessa chorar e sentir saudades dos que já partiram. Importa relembrar o contributo que deixaram a Portugal. A identidade portuguesa depende da sua renovação. Uns morrem, outros ficam e outros surgem. Embora para que novos valores floresçam seja necessário divulgação e apoio, a verdade é que os geniais, os que marcam uma geração, podem nascer com pouco ou nada. Um papel, uma caneta, um blog, um banco de jardim, uma carteira, etc. A qualidade impõe-se à mediocridade na vida ou na morte.

Esta seria a parte em que me ficaria bem citar nomes, não é? Não sou grande grande conhecedor dos talentos emergentes, mas sei que os há. Actualmente são já de destacar jovens como José Luis Peixoto (escritor); João Magueijo (física); Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela e Nuno Markl (humor); Clã, Pluto e Camané (música). Estes e muitos outros de outras áreas que não domino, abrilhantarão as próximas décadas da portugalidade. E não, o colectivo Morangos com Açucar não ficará na história...

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