Esta dificuldade de lidar com o mal como humano ainda hoje se manifesta na
tendência para considerarmos que alguém que mata uma pessoa é um assassino,
enquanto quem mata milhões é vítima de uma doença mental.
Miguel Poiares Maduro in DN - 04.05.2005
Esta afirmação prende-se com o personagem principal do filme A Queda. Não pude deixar de pensar nela quando ouvi o Luis Soares, jovem que assassinou 4 pessoas num percurso suicida que fez em contramão. Aconteceu no dia em que celebrava a compra de casa, diz.
Sensação de imortalidade? Falta da nexo? Não tinha consciência das regras de condução? Tal foi o trauma que não se lembra dos motivos que o levaram à estrada.
Todos erram, mas para quem cometer um acto horrendo como este, 25 anos são bem aplicados. Luis Soares leva já três na cadeia. Necessitamos de mais exemplos como o dele.
Enquanto o jovem sentir que o seu comportamento não é refractário, mas uma fuga da sua natureza rebelde; enquanto o "atleta" da estrada não sentir provação de tempo e dinheiro na paga de desastres, de sustos, de mortes, continuaremos a ter de conviver com bárbaros na estrada.
terça-feira, maio 17, 2005
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