"Este caso é revelador da profunda hipocrisia instalada à volta das remunerações da classe política. É possível levar para o governo a excelência quando um ministro ganha 700 contos por mês? Não é."
Judite de Sousa in Jornal de Notícias - 04.06.2005
A política deveria ser constituida por quem já não necessita de adquirir posses, mais, deveria ser serviço público, serviço responsável pelas contribuições que fazemos.
A excelência tem vindo a sair da política não pela remuneração, qualquer gestor com influência atinge ordenados 10 vezes superiores aos do Presidente da República. A sua ausência deve-se ao facto de, cada vez mais, os melhores quadros não acreditarem que podem fazer imperar a sua crença neste lamaçal de opiniões que o país se tornou. No lugar dos poucos políticos competentes e de coragem estão aqueles que deliram quando são tratados por "sua excelência".
Depois há portuguesas e portugueses, parafraseando Guterres, que crêem que o político carece de incentivos emocionais (dinheiro). Os pobres coitadinhos, ganham menos que no privado. Mas trabalham mais e melhor? A Assembleia ressente-se da falta de valores. Mas punem-se os insuficientes que em 30 anos pouco fizeram por um Portugal de excelência?
sexta-feira, julho 08, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Um Portugal de excelência, claro que não. Para além dos políticos, há outros portugueses (muitos !) que também não ajudam nada. No entanto, é impossível comparar o Portugal de há 30 anos com o de agora. Fundamentalmente, embora estejamos sempre a dizer que não, a distãncia entre o nosso País e outros da Europa, diminuiu significativamente. E não foram eles que pioraram ...
Enviar um comentário