Entre as barbáries cometidas na câmara de Lisboa nos últimos anos, está o incremento de número de consultores. Diz-se muita coisa, que tenham passado a ser dezenas ou talvez centenas numa altura em que o Estado pede contenção e diminuição dos quadros da função pública.
A confiança que se pede aos eleitores, é trocada pelo bom clima entre a rede de favores de candidato e partido. As resoluções para os problemas não surgem e, como comprovam estes anos de Lisboa, levantam-se mais problemas... que caem sobre o futuro dos eleitores.
Comportamento doentio da democracia portuguesa? Certamente que haverá uma boa desculpa. Não estariam possuídos pelas forças do lado negro quando contrataram "paletes" de consultores?
Há dias vinha na imprensa que um pai tinha colocado um bébé no microondas... provocando-lhe várias lesões. A mãe veio a público dizer que ele era bom homem e que estaria era possuido pelo diabo quando cometeu aquele horrendo acto.
Talvez tenhamos de acreditar que há uma grande mancha negra sobre o país, que leva os políticos a fazerem mais mal que bem aos portugueses.
quinta-feira, maio 31, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
Fazer das forças, fraquezas
Como levar um grupo económico (BCP) à crise?
Basta fazer uma opa sem pés nem cabeça. Cabe na mente de algum investidor, vender acções de uma empresa que lhe renderá bom dinheiro a médio e longo prazo a um rival? Não.
Manobra gera manobra, e um ano depois é o BCP que se quer blindar. Ontem houve lutas de galos, mas acho que ninguém se deu por vencido.
segunda-feira, maio 28, 2007
Revoluções na imprensa e a RCP
Em relação à imprensa estamos sempre insatisfeitos. Criticamos a rádio, jornais, TV porque... têm pechas "graves" e "se fosse eu que mandasse seria bem diferente".
As revoluções que pedimos, não as merecemos. Pedi-mo-las, mas quando se fazem não lhe damos o devido valor. Não temos a ideia correcta do panorâma internacional dos serviços públicos de imprensa, nem dos privados mas... instigamos ao perfeccionismo.
Tudo isto a propósito do "novo" Rádio Clube Português. Às críticas de uma manhã de rádio igual nos principais canais de notícias (RR, TSF, Ant1), Luís Osório e a sua equipa reagiram produzindo sessões matinais de alongada e diferente informação. Ao longo de cinco horas temos o modelo que eu chamaria de "semanário".
É preciso ter tempo e paixão para a ouvir, numa altura em que todos procuramos informação rápida e concisa... e a quem exigimos investigação de qualidade. Pena que as outras rádios dêem quase enlatados e não tragam à antena o que mais precisamos: informação exclusiva e reportagem. A RCP esforça-se nesse sentido.
Hoje, por exemplo, tinham como eixo da manhã a resposta à seguinte questão: as embaixadas económicas, como a que José Socrates encabeça por estes dias à Rússia, trazem resultados positivos balança comercial nacional?
RR, Ant1 e TSF seguiam uma agenda às três semelhante.
sábado, maio 26, 2007
Uma janela de oportunidade
"o editor do site Pasadena Now, na Califórnia, contratou o serviço de dois jornalistas indianos, um de Bombaim e outro de Bangalore, para cobrir - imagine-se! - as reuniões do City Council … de Pasadena. De que modo? Muito simples: as reuniões são transmitidas por webcast. Os jornalistas indianos organizam-se de modo a seguir esse serviço de agenda e escrevem as suas peças com base naquilo que entendem ser mais relevante."
in Jornalismo e Comunicação
Se a moda pega, bem que poderiamos passar a ter ministros a governar Portugal desde o Sillicon Valley. Americanos de gema.
quinta-feira, maio 24, 2007
Marchas de Lisboa
Helena Roseta, Carmona Rodrigues, António Costa, Ruben de Carvalho, Sá Fernandes, Telmo Correia, Manuel Monteiro, Gonçalo da Câmara Pereira e certamente outros mais já se chegaram à frente para Lisboa. Venham mais cinco.
Têm muitas ideias... minto, muita vontade de subir ao trono.
Carmona Rodrigues, a partir do momento que o PSD lhe tirou o tapete, vestiu a sua batina de lisboeta e voltou aos gloriosos momentos da campanha. Tinha saudades da altura em que tudo se pode dizer e prometer de sorriso em riste.
António Costa, bem ao estilo de altos responsáveis políticos nacionais, baldou-se do cargo e seguiu o instinto... do seu partido. Nada melhor que pegar no municipio principal do país para, daqui a seis anos, substituir Sócrates no governo de Portugal. Rui Pereira, novo Ministro da Administração Interna, foi mais um a mostrar que o português cumpre contratos e responsabilidades, quer elas tenham um mês ou nove anos.
A falta de vontade de Helena Roseta se aliar a outras forças, mostra a sua ideia base: medir forças com o PS de Sócrates. Vale a pena?
Ruben Carvalho e Sá Fernandes, com tanta dispersão de votos lá vão ficar com poucos. Vão ter força para fazer alguma coisa?
Telmo Correia avança com toda a confiança. Vai andar por aí a fazer campanha para meses depois de se garantir como vereador, abandonar Lisboa porque tem mais de fazer ... na assembleia da República ou no partido. Ainda se lembram dos outdoors "Eu Fico" de Paulo Portas?
Manuel Monteiro e Gonçalo da Câmara Pereira também têm marchas preparadas.
Lisboa tem cheiro. Lisboa tem carros a mais, jovens a menos, prédios devolutos, grave situação financeira que nem daqui a seis anos estará resolvida.
Tem lisboetas e partidos que desde há 15 anos identificaram estes problemas e que, em campanha, têm prometido resolvê-los.
Têm muitas ideias... minto, muita vontade de subir ao trono.
Carmona Rodrigues, a partir do momento que o PSD lhe tirou o tapete, vestiu a sua batina de lisboeta e voltou aos gloriosos momentos da campanha. Tinha saudades da altura em que tudo se pode dizer e prometer de sorriso em riste.
António Costa, bem ao estilo de altos responsáveis políticos nacionais, baldou-se do cargo e seguiu o instinto... do seu partido. Nada melhor que pegar no municipio principal do país para, daqui a seis anos, substituir Sócrates no governo de Portugal. Rui Pereira, novo Ministro da Administração Interna, foi mais um a mostrar que o português cumpre contratos e responsabilidades, quer elas tenham um mês ou nove anos.
A falta de vontade de Helena Roseta se aliar a outras forças, mostra a sua ideia base: medir forças com o PS de Sócrates. Vale a pena?
Ruben Carvalho e Sá Fernandes, com tanta dispersão de votos lá vão ficar com poucos. Vão ter força para fazer alguma coisa?
Telmo Correia avança com toda a confiança. Vai andar por aí a fazer campanha para meses depois de se garantir como vereador, abandonar Lisboa porque tem mais de fazer ... na assembleia da República ou no partido. Ainda se lembram dos outdoors "Eu Fico" de Paulo Portas?
Manuel Monteiro e Gonçalo da Câmara Pereira também têm marchas preparadas.
Lisboa tem cheiro. Lisboa tem carros a mais, jovens a menos, prédios devolutos, grave situação financeira que nem daqui a seis anos estará resolvida.
Tem lisboetas e partidos que desde há 15 anos identificaram estes problemas e que, em campanha, têm prometido resolvê-los.
terça-feira, maio 22, 2007
Os não responsáveis
“Não me lembro na democracia portuguesa de uma data de eleições ser sujeita a esta controvérsia e desautorizada pelo TC. Acho que isso fica mal a uma governadora civil e o ministro da Administração Interna devia pensar na governadora civil que tem porque, em princípio, ela garante a legalidade e como se vê não garantiu”
Aí está uma atitude de bom senso e de grande visão política. Com novas e frescas ideias se tenta solucionar os problemas do país.
A governadora civil de Lisboa errou? Demita-se! Ofendeu a honra do país... partidário.
A taxa de desemprego cresceu? Escândalo! Umas demissões no governo não faziam mal a ninguém. Sim, porque ainda há três anos estava tudo no bom caminho... político. E quem diz três, diz dez ou vinte anos.
O problema é sempre o mesmo. A gestão é feita pelos mesmos, numa linha sempre idêntica e com resultados cada vez mais graves. Procuram-se melhorar os números, mas quando são negativos, eleva-se a voz e faz-se uma cara de espanto e acusa-se o ministro. Como se a decadência resultasse dos últimos meses de trabalho.
Quem tem coragem de se responsabilizar? Quando é que os partidos portugueses começam a pensar que têm de governar, não para si próprios, mas para quem os elege?
Aí está uma atitude de bom senso e de grande visão política. Com novas e frescas ideias se tenta solucionar os problemas do país.
A governadora civil de Lisboa errou? Demita-se! Ofendeu a honra do país... partidário.
A taxa de desemprego cresceu? Escândalo! Umas demissões no governo não faziam mal a ninguém. Sim, porque ainda há três anos estava tudo no bom caminho... político. E quem diz três, diz dez ou vinte anos.
O problema é sempre o mesmo. A gestão é feita pelos mesmos, numa linha sempre idêntica e com resultados cada vez mais graves. Procuram-se melhorar os números, mas quando são negativos, eleva-se a voz e faz-se uma cara de espanto e acusa-se o ministro. Como se a decadência resultasse dos últimos meses de trabalho.
Quem tem coragem de se responsabilizar? Quando é que os partidos portugueses começam a pensar que têm de governar, não para si próprios, mas para quem os elege?
domingo, maio 20, 2007
O perfecionista
sexta-feira, maio 18, 2007
Informar
Em entrevista à RTP, o inefável Pina Moura disse mesmo que a "definição de uma orientação editorial" é "uma boa política que devia ser seguida em Portugal". Certamente que sim. Sobretudo numa altura em que temos um primeiro-ministro de esquerda a governar à direita.
(...)
Sob a capa da "transparência" o que se esconde, como sempre, é o desejo de controlar a informação que é transmitida ao público, de modo a prolongar a presença no poder. É um tique velho como o mundo, mas que agora pintou os lábios, compôs o cabelo, vestiu roupa colorida e se mascarou de "boa política editorial".
João Miguel Tavares in DN - 01.05.2007
Novas do jornalismo: imprimir um cunho político partidário à informação, joga com a tentativa de imparcialidade ensinada nas escolas de comunicação.
Pina Moura continua com faro para o social. Sempre a bem do denominador comum.
(...)
Sob a capa da "transparência" o que se esconde, como sempre, é o desejo de controlar a informação que é transmitida ao público, de modo a prolongar a presença no poder. É um tique velho como o mundo, mas que agora pintou os lábios, compôs o cabelo, vestiu roupa colorida e se mascarou de "boa política editorial".
João Miguel Tavares in DN - 01.05.2007
Novas do jornalismo: imprimir um cunho político partidário à informação, joga com a tentativa de imparcialidade ensinada nas escolas de comunicação.
Pina Moura continua com faro para o social. Sempre a bem do denominador comum.
quarta-feira, maio 16, 2007
A montanha pariu um Murat
“Só sobrevivo se capturarem o raptor”
Robert Murat é inocente, por agora.
Mas alguns dos seus comportamentos, são similares a de pessoas que cumprem pena... ou de acusados.
A história do bandido que se junta às investigações é regular. Há poucos anos em Inglaterra, duas raparigas de t-shirt do Manchester United andaram sumidas durante duas semanas. O criminoso tinha acompanhado as buscas, tinha dado azo ao seu desalento em frente às câmaras da TV.
O que une o "inocente" O. J. Simpson, Robert Murat e mesmo os senhores a julgamento no caso Casa Pia? O pensamento para a imprensa, "sou inocente, tenho a minha vida arruinada até se apanhar quem cometeu os crimes!". A estrela de futebol americano, aliás, no final do julgamento que o inocentou disse que ia dedicar o seu tempo livre a investigar quem realmente tinha morto a sua mulher. Promessas.
Robert Murat é inocente, por agora.
Mas alguns dos seus comportamentos, são similares a de pessoas que cumprem pena... ou de acusados.
A história do bandido que se junta às investigações é regular. Há poucos anos em Inglaterra, duas raparigas de t-shirt do Manchester United andaram sumidas durante duas semanas. O criminoso tinha acompanhado as buscas, tinha dado azo ao seu desalento em frente às câmaras da TV.
O que une o "inocente" O. J. Simpson, Robert Murat e mesmo os senhores a julgamento no caso Casa Pia? O pensamento para a imprensa, "sou inocente, tenho a minha vida arruinada até se apanhar quem cometeu os crimes!". A estrela de futebol americano, aliás, no final do julgamento que o inocentou disse que ia dedicar o seu tempo livre a investigar quem realmente tinha morto a sua mulher. Promessas.
segunda-feira, maio 14, 2007
3, 2, 1...
Ondas de Calor: Plano de Contingência vai ser accionado amanhã
Como é que será accionado? Imagino uma contagem decrescente e o responsável a carregar num botão vermelho... ou encarnado.
Como é que será accionado? Imagino uma contagem decrescente e o responsável a carregar num botão vermelho... ou encarnado.
sábado, maio 12, 2007
Planear a longo prazo
Metro até à Costa da Caparica possível até 2032
Se o metro não chega à Costa da Caparica, chega a Costa da Caparica ao metro.
Por este andar, em 2032 temos a água perto da Faculdade Técnica de Lisboa, no Monte da Caparica.
Se o metro não chega à Costa da Caparica, chega a Costa da Caparica ao metro.
Por este andar, em 2032 temos a água perto da Faculdade Técnica de Lisboa, no Monte da Caparica.
quinta-feira, maio 10, 2007
"Conta-me como foi"
O formato, que marca o regresso de Rita Blanco (‘Margarida Lopes’) e Miguel Guilherme (‘António Lopes’) ao canal público retrata Portugal no final da década de 1060.
Seria uma imagem bonita, ver a evolução da vida de uma família no primeiro século do milénio anterior no espaço que hoje em dia é ocupado por Portugal.
Pena é que D. Henrique, pais de D. Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal) só tenha nascido a 1066. A série televisiva seria sobre uma família lá bem do passado... mas não seria um The Flinstones III!
terça-feira, maio 08, 2007
Uma questão de fé
A Igreja Católica eliminou o limbo, onde a tradição católica colocava as crianças que morriam sem receber o baptismo, considerando que aquele reflectia "uma visão excessivamente restritiva da salvação".
Ora aí está.
Quem diga que a religião católica é uma torre fechada e que não se altera consoante a actualidade que a percorre, só pode estar de má fé.
Leeeeeeeeeentamente, os dogmas são aperfeiçoados dos ensinamentos que o profeta deixou.
Após séculos de muito estudo, agora sabe-se que "as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus". Como poderosa nossa a mente interpretativa. Os dois milénios de história cristã são assentes em relatos escritos de quem não presenciou os actos Jesus Cristo. A igreja transformou-se, até hoje, naquilo que o homem quis e não nos ensinamentos profundos de bondade. Teoria e prática.
Quiça, daqui a 200 anos haja uma nota da Santa Fé a elucidar-nos como é a decoração no purgatório... justificarão dizendo que vem tudo no livro.
Ora aí está.
Quem diga que a religião católica é uma torre fechada e que não se altera consoante a actualidade que a percorre, só pode estar de má fé.
Leeeeeeeeeentamente, os dogmas são aperfeiçoados dos ensinamentos que o profeta deixou.
Após séculos de muito estudo, agora sabe-se que "as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus". Como poderosa nossa a mente interpretativa. Os dois milénios de história cristã são assentes em relatos escritos de quem não presenciou os actos Jesus Cristo. A igreja transformou-se, até hoje, naquilo que o homem quis e não nos ensinamentos profundos de bondade. Teoria e prática.
Quiça, daqui a 200 anos haja uma nota da Santa Fé a elucidar-nos como é a decoração no purgatório... justificarão dizendo que vem tudo no livro.
domingo, maio 06, 2007
"Um artista assim aparece de 100 em 100 anos"
"Todo o país sabe, começando por Jardim, que as eleições não serviram para nada. A ninguém passará pela cabeça que, depois de ter tomado as decisões que tomou em relação a abusos financeiros do Governo Regional, Lisboa se disponha a ceder só porque o PSD / Madeira reeditou ou reforçou a maioria absoluta com que governa há três décadas."
Fernando Madrinha in Expresso - 05.05.2007
Fernando Madrinha in Expresso - 05.05.2007
Onde estão as oportunidades?
Um dos problemas recorrentes de Portugal é a falta de oportunidades.
Temos cada vez mais jovens com estudos superiores, mas não temos mercado de trabalho de lhes dê... uma oportunidade. Por outro lado, o Estado português treme perante a União Europeia pois os níveis de formação inferiores à média. Não será mais importante um indice de desemprego de licenciados?
Como se resolve o problema à portuguesa? Não se combate emprego precário, o a empresa que suga subsidios e que não tem futuro, empresário incapaz, não se estimula a criação de oportunidades para os jovens (e adultos) mostrarem o que valem. Impinge-se mais cursos aos "que não fazem nada".
Em Portugal, a formação não serve para fim a que se propõe: não cria massa pensante, capaz de criar empresas e trabalho. Não muda o país. Frusta as espectativas de quem dedicou muita da sua vida a estudar. Mesmo assim, quem governa acha que pode fazer dos seus cidadãos, estudantes profissionais.
A campanha Novas Oportunidades resulta desse principio. Não é para mudar o país, é para mudar as estatísticas, pois a formação dada é má e desadequada ao mercado.
Louvo o regresso da revista NS ao bom jornalismo, ao ângulo da notícia diluída no movimento da sociedade. Num excelente artigo da edição de ontem, a NS foi entrevistar formados superiores de profissões visadas na publicidade do Novas Oportunidades. Na capa, um jovem que, tal como Pedro Abrunhosa formou-se no convervatório, mostra o seu "orgulho" por ser vendedor de automóveis.
Mais do que formação, precisamos de uma grande visão, seriedade, coragem e adequação à realidade de quem nos governa. Mais oportunidades e formação de excelência.
Temos cada vez mais jovens com estudos superiores, mas não temos mercado de trabalho de lhes dê... uma oportunidade. Por outro lado, o Estado português treme perante a União Europeia pois os níveis de formação inferiores à média. Não será mais importante um indice de desemprego de licenciados?
Como se resolve o problema à portuguesa? Não se combate emprego precário, o a empresa que suga subsidios e que não tem futuro, empresário incapaz, não se estimula a criação de oportunidades para os jovens (e adultos) mostrarem o que valem. Impinge-se mais cursos aos "que não fazem nada".
Em Portugal, a formação não serve para fim a que se propõe: não cria massa pensante, capaz de criar empresas e trabalho. Não muda o país. Frusta as espectativas de quem dedicou muita da sua vida a estudar. Mesmo assim, quem governa acha que pode fazer dos seus cidadãos, estudantes profissionais.
A campanha Novas Oportunidades resulta desse principio. Não é para mudar o país, é para mudar as estatísticas, pois a formação dada é má e desadequada ao mercado.
Louvo o regresso da revista NS ao bom jornalismo, ao ângulo da notícia diluída no movimento da sociedade. Num excelente artigo da edição de ontem, a NS foi entrevistar formados superiores de profissões visadas na publicidade do Novas Oportunidades. Na capa, um jovem que, tal como Pedro Abrunhosa formou-se no convervatório, mostra o seu "orgulho" por ser vendedor de automóveis.
Mais do que formação, precisamos de uma grande visão, seriedade, coragem e adequação à realidade de quem nos governa. Mais oportunidades e formação de excelência.
sábado, maio 05, 2007
A Cerelac que nos une
"Os governos do nosso tempo já quase são irrelevantes, já não controlam o movimento do dinheiro, o movimento das pessoas, só controlam um exército e umas forças policiais relativamente pequenas. O dinheiro não é controlado pelos Estados mas por empresas."
Shimon Peres in Expresso - 28.04.2007
Shimon Peres in Expresso - 28.04.2007
quinta-feira, maio 03, 2007
Democracia às 20 horas
Se há fenómeno que, por mais tempo que passe, continuo a ser incapaz de compreender, é mesmo o da subserviência dos telejornais ao horário estabe- lecido pelos partidos. Como se a informação pudesse ser ordenada de fora para dentro das televisões, por dá cá aquela palha um líder político marca uma conferência de imprensa para as 20.00 - e os três canais abertos obedecem cegamente e transmitem em directo...
Pedro Rolo Duarte in DN - 21.03.2007
E dura, dura, dura. Como as pilhas duracell ou como o morfina. Quanto mais as televisões cedem, pior é.
Nestas últimas semanas foram, directos de candidatos ao poleiro no partido pequenino (PP), conferências sobre operações às carótidas, e agora essa temática tão importante aos 10 milhões de portugueses como é se Carmona fica ou não fica.
Nunca me esqueço do rescaldo das últimas eleições autárquicas de Lisboa. A reacção de vitória de Carmona Rodrigues era oca. Dizia qualquer coisa como "ganhámos, agora vamos trabalhar em prol dos lisboetas". Traduzindo, "ok, esqueçam os sorrisos e as boas vontades expressas em campanha... o futuro é o que Deus quizer e logo o desenrascamos consoante a maré".
Cada vez mais a política é isto, um caminho traçado dia a dia consoante estímulos e oportunidades que pouco ou nada têm a ver com o que milhões de euros que a campanha faz.
Nesse sentido, a campanha de Sarkozy e Segolene só serve de uma coisa para mim: a inovação do marketing político. Assim como em todas as eleições americanas se inova na forma de convencer o voto, cada vez mais à força de orçamentos escandalosos, em França temos o mesmo em paralelo europeu. Haverá estudos interessantes a sair.
Sarkozy será assim tão sabedor e forte? Segolene será assim tão apática e incapaz de governar um país? Veja-se Angela Merkl, de quem se dizia que era uma choninhas sem mão para o poder. Hoje em dia, faz boa figura na Europa.
A imagem não é tudo, e as televisões continuam a cede-la a custo zero a pessoas, muitas vezes, incompetentes e responsáveis pelo nosso infortúnio.
Pedro Rolo Duarte in DN - 21.03.2007
E dura, dura, dura. Como as pilhas duracell ou como o morfina. Quanto mais as televisões cedem, pior é.
Nestas últimas semanas foram, directos de candidatos ao poleiro no partido pequenino (PP), conferências sobre operações às carótidas, e agora essa temática tão importante aos 10 milhões de portugueses como é se Carmona fica ou não fica.
É com estas notícias que temos mais emprego, mais oportunidades, uma auto-estima revigorada enquanto país? Não, são informações que fazem de nós Portugal pasmacento de há décadas para cá.
Nunca me esqueço do rescaldo das últimas eleições autárquicas de Lisboa. A reacção de vitória de Carmona Rodrigues era oca. Dizia qualquer coisa como "ganhámos, agora vamos trabalhar em prol dos lisboetas". Traduzindo, "ok, esqueçam os sorrisos e as boas vontades expressas em campanha... o futuro é o que Deus quizer e logo o desenrascamos consoante a maré".
Cada vez mais a política é isto, um caminho traçado dia a dia consoante estímulos e oportunidades que pouco ou nada têm a ver com o que milhões de euros que a campanha faz.
Nesse sentido, a campanha de Sarkozy e Segolene só serve de uma coisa para mim: a inovação do marketing político. Assim como em todas as eleições americanas se inova na forma de convencer o voto, cada vez mais à força de orçamentos escandalosos, em França temos o mesmo em paralelo europeu. Haverá estudos interessantes a sair.
Sarkozy será assim tão sabedor e forte? Segolene será assim tão apática e incapaz de governar um país? Veja-se Angela Merkl, de quem se dizia que era uma choninhas sem mão para o poder. Hoje em dia, faz boa figura na Europa.
A imagem não é tudo, e as televisões continuam a cede-la a custo zero a pessoas, muitas vezes, incompetentes e responsáveis pelo nosso infortúnio.
quarta-feira, maio 02, 2007
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