segunda-feira, setembro 19, 2005

"Grande ordinário"

Carmona e Carrilho mostraram no debate da semana passada que não têm ideias e nem perfil. De um lado um maniaco intelectualoide, que se sente dono da razão. De outro um Engenheiro que trabalha há quatro anos na autarquia a que se candidata e que se faz passar pelo profissional competente que sente e respira as agruras dos seus considadãos. Só imagem.

Carmona abriu as hostilidades dizendo logo estar a ser vítima "de insultos de carácter pessoal". Como pessoa equilibrada, cristão devoto provavelmente, ripostou.
Com riso sacana foi até ao extremo sangramento do seu rival. Sabia que Carrilho se enervava facilmente se recorre-se a questões "de casa de banho". Carrilho perde a paciência, e o virar de costas final é disso consequência. Carmona foi coerente no final, ao insultar o seu adversário com um sonoro "grande ordinário".

Não é humano que candidatos que se insultam, deputados que se degladeiam na assembleia, confraternizem com o melhor dos humores após despiques. Isso é espectáculo, são boas representações e nervos falsos. Natural é, quando nos ofendem sádica e cinicamente, sentirmos que não temos de respeitar etiquetas. A vida continua atrás das câmaras.

Não votaria em Carrilho e embora compreendendo a sua atitude sei que não se pode livrar de uma série de episódios de péssimo gosto para com e António Guterres, Helena Vaz da Silva e Morais Sarmento. Tanto o "filósofo" como o Engenheiro provaram que não são dignos de governar uma cidade, quanto mais uma vila.

2 comentários:

mfc disse...

A análise está na perfeição.
Foi mau demais...nunca acreditei qu e os dois pudessem descer tão baixo!

Anónimo disse...

Eu estava completamente atónito. Os candidatos da minha terra parecem ser mais cordatos e educados. Coitados dos lisboetas, terem de conviver com a dura realidade e a certeza de que uma daquelas "peças" os vai liderar.