querendo ser sérios, há que sublinhar que as responsabilidades se repartem por todas as forças políticas que estiveram, ao longo de décadas, no Governo do País.
(…)
se ao PSD e ao CDS/PP se pode apontar o facto de não terem ido mais longe nas medidas difíceis que o sucesso da consolidação orçamental impunha, ao PS devem ser atribuídas culpas muito mais determinantes. E isto por duas razões desde logo, porque entre 1996 e 2001, em momento de significativo crescimento económico, não quis levar a cabo as reformas de fundo que sabia serem indispensáveis e cujas consequências e custos sociais teriam então sido bem menos gravosos; mas também porque, quando passou à oposição, se recusou a apoiar as medidas de saneamento das finanças públicas, criticando ao invés a obsessão do défice que atribuía à anterior maioria.
(…)
Uma coisa tenho por certa não se pode pedir mais sacrifícios aos portugueses se não houver a certeza do rumo seguido. Não podemos perder mais tempo, nem nos podemos dar ao luxo de, nas questões decisivas, trocar de orientação sempre que muda a maioria política.
José de Matos Correia in DN – 25.05.2005
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1 comentário:
Mas a orientação não tem mudado....
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