Nem Eugénio de Andrade era génio nem Álvaro Cunhal era o anti cristo.
Álvaro Cunhal lutou contra um regime anti-liberal e até à actualidade ninguém consegue provar que desejasse instaurar outro de índole comunista. É o argumento dos injustiçados do 25 de Abril e que, o líder do CDS teve para "homenagear" o defunto nonagenário.
Morreu uma das grandes figuras do século XX português. Tinha o que escasseia nos humanos que fazem a nossa sociedade: coerência e persistência num objectivo sem pensar no medo do fracasso. O facto de estarmos desarmados deste tipo de força, faz de Portugal um país pasmacento, sem capital capaz de gerar riqueza social, económica e intelectual.
Abordo os desaparecimentos da nossa praça positivamente, sempre com a mesma mensagem: pelos que deixam de existir, espero que outros grandes nomes lhes sucedam na nossa galáxia, nomes que façam a diferença.
Ainda no dia 10 de Junho passou um programa na RTP sobre a nata da portugalidade. Da música à ciência, da cultura à arquitectura, estavam lá representados maioritariamente personagens que há 10 anos já eram marcos de Portugal, cá e lá fora. Novos emergem, mas é necessário que lhes dêem uma mão...
segunda-feira, junho 13, 2005
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2 comentários:
Viva,
O "pior" é que a nova geração não é moldada nas dificuldades da anterior e isso faz com que tudo se viva de forma mais desapaixonada. Esta geração não é pior que a anterior mas o contexto atrai em demasia as pessoas para o comodismo. Mas isso ainda dá mais brilho a quem se destaca...
Abraço,
Cunhal não era com certeza um anti cristo, mas Eugénio é um génio!
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