Depois do enterro da mais alta figura do catolicismo, nada melhor que do que um bom casamento. Uma união na casa monárquica mais badalada do planetinha azul, em directo em tudo o que é estação. Brilhante.
[Fotos: Correio da Manhã]
O que temos a ver com o casamento de Carlos e Camomila? Nada. Não é casal do meu país; não é mais que folclore; não contribui uma melhor sociedade, nem para uma pior.
Hilariante é também a cobertura que se faz do congresso do PSD. Em 10 anos tivemos 10 congressos do PSD, como dizia Marques Mendes na noite de sexta-feira. Se ele vencer para o ano haverá mais um. Porque carga de água, as televisões interrompem a novela da noite, dedicam grande parte dos telejornais a questiúnculas partidárias como esta? Diga-se em abono da verdade que os marmajos do PSD foram, desta vez, remetidos para os canais cabo.
Estes debates, desde que os média começaram a cobri-los intensivamente, tornaram-se uma nova forma de direito de antena. Não se apresentam propostas, apresentam-se caras, prepara-se terreno para as próximas eleições. Tudo está praticamente decidido, discursos estão redigidos e existem sempre as duas oratórias da praxe dos candidatos. É nos bastidores que se tomam as decisões. É o "espectáculo" do óbvio, uma obra pré-feita, uma ficção de baixo calibre. Concordo plenamente com o texto de Vasco Pulido Valente que hoje sai no Público.
Passividade não, obrigado. Cabe aos média filtrar o trigo do joio. Dar borlas a "conclaves" partidários não é informar o país, é fazer favores à máquina política em questão. O casamento real britânico também não nos interessará, não faz nasce da identidade portuguesa. Nada impede, no entanto, que seja transmitido nas TVs privadas.
Uma excepção para a morte do Pápa. Como símbolo da crença da maioria dos portugueses e sendo um acontecimento raro, é natural que as horas antes e após sua morte tivessem vasta cobertura.
[Fotos: Correio da Manhã]
O que temos a ver com o casamento de Carlos e Camomila? Nada. Não é casal do meu país; não é mais que folclore; não contribui uma melhor sociedade, nem para uma pior.
Hilariante é também a cobertura que se faz do congresso do PSD. Em 10 anos tivemos 10 congressos do PSD, como dizia Marques Mendes na noite de sexta-feira. Se ele vencer para o ano haverá mais um. Porque carga de água, as televisões interrompem a novela da noite, dedicam grande parte dos telejornais a questiúnculas partidárias como esta? Diga-se em abono da verdade que os marmajos do PSD foram, desta vez, remetidos para os canais cabo.
Estes debates, desde que os média começaram a cobri-los intensivamente, tornaram-se uma nova forma de direito de antena. Não se apresentam propostas, apresentam-se caras, prepara-se terreno para as próximas eleições. Tudo está praticamente decidido, discursos estão redigidos e existem sempre as duas oratórias da praxe dos candidatos. É nos bastidores que se tomam as decisões. É o "espectáculo" do óbvio, uma obra pré-feita, uma ficção de baixo calibre. Concordo plenamente com o texto de Vasco Pulido Valente que hoje sai no Público.
Passividade não, obrigado. Cabe aos média filtrar o trigo do joio. Dar borlas a "conclaves" partidários não é informar o país, é fazer favores à máquina política em questão. O casamento real britânico também não nos interessará, não faz nasce da identidade portuguesa. Nada impede, no entanto, que seja transmitido nas TVs privadas.
Uma excepção para a morte do Pápa. Como símbolo da crença da maioria dos portugueses e sendo um acontecimento raro, é natural que as horas antes e após sua morte tivessem vasta cobertura.
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